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40 anos de democracia 17.03.2025 | 13h48

Veja ativistas que se tornaram símbolos de luta durante a ditadura militar em MT

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Ana Clara Abalém - Especial para o GD

redacao@gazetadigital

Arquivo MST/Reprodução/Montagem

Arquivo MST/Reprodução/Montagem

Com o sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, do diretor Walter Sales, discussões a respeito da memória de pessoas que atuaram contra a ditadura militar ganharam maior evidência. A obra, lançada em novembro de 2024, acompanha a história de Eunice Paiva e a família, após seu marido, e ex-deputado Marcelo Rubens Paiva, ser levado por militares e desaparecer.

 

No sábado (15), foi celebrado os 40 anos do fim do regime militar. A data foi escolhida por ser o dia em que o vice-presidente da época, José Sarney, foi empossado após uma eleição indireta, encerrando os 20 anos de governos ditatoriais.

 

Para o professor doutor do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Edvaldo Corrêa Sotana, a data vem acompanhada de uma série de discussões não concluídas.

 

“Apesar de celebrarmos 40 anos do processo de redemocratização, ainda é extremamente urgente refletir sobre as arbitrariedades cometidas no período da ditadura, explicitar as ações violentas empreendidas por agentes do Estado Brasileiro e pelos civis”, avalia o historiador ao .

 

O especialista aponta que, durante a ditadura militar, em Mato Grosso, algumas pessoas se tornaram símbolo de resistência e luta, assim como grandes personagens nacionais.

 

Dentre as figuras públicas, destaca-se o padre Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia (1.053,0 km de Cuiabá). O espanhol se opôs ao regime, tornando-se referência na luta dos direitos humanos, em especial a reforma agrária a favor de indígenas. Durante o período, o religioso foi ameaçado 5 vezes para deixar o país.

 

A jornalista e ativista política Jane Vanini, natural de Cáceres (225 km ao oeste de Cuiabá), cursou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e participou na fundação do Movimento de Libertação Popular (Molipo), formado por estudantes universitários durante 1970 e 1971.

 

Segundo o Portal Memórias de Ditadura, Vanini foi assassinada em sua casa no Chile pelas forças repressoras durante a ditadura do militar Augusto Pinochet em 1974. Antes de chegar ao país, ela havia passado por Cuba, Uruguai e Europa para fugir da ditadura.

 

Assim, relembrar histórias de pessoas assassinadas pelo Estado e também a trajetória de ativistas que lutaram pelo direito democrático dos brasileiros se mantém de extrema relevância.

 

“Estudar história e discutir o período deve ser prática constante contra o revisionismo negacionista que figura nas postagens de redes sociais e alimenta uma cultura autoritária que deve ser enfrentada em nome do fortalecimento da nossa democracia”, finaliza o doutor.

 

Reprodução/Arquivo

dante de oliveira

 

Diretas já

Em 1983, o deputado cuiabano Dante de Oliveira apresentou uma emenda constitucional para promover eleições diretas para o presidente da República. A emenda daria origem ao movimento conhecido como “Diretas já”, em que a população manifestava-se na rua pelo voto direto.

 

Apesar da emenda ter sido rejeitada em sessão do Congresso Nacional, em 25 de abril de 1984, o movimento foi essencial para demonstrar manifestação popular e, portanto, o enfraquecimento contra o regime autoritário.

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Comentários

Carlos Alberto Braga - 18/03/2025

Os militares foram os melhores governantes que este país já teve. Ditadura temos hoje, a ditadura da mistura STF + esquerda = lambança.

Demétrio Turchi - 17/03/2025

Fernando Magalhães, seu comentário está perfeito. É o que a grande maioria dos que viveram esse momento maravilhoso pensam e sentem. Os militares salvaram e cresceram o Brasil.

Pedro Lomanho - 17/03/2025

Ditadura no Brasil foi a de Getúlio Vargas. Os governos militares foram altamente democráticos, com muito progresso e segurança para os cidadãos de bem. Bandidos, terroristas, corruptos e todo tipo de desonesto ia para a cadeia e se persistisse na bandidagem ia para debaixo da terra. Simples assim. Precisa melhor que isso ?

Fernando Magalhães - 17/03/2025

Ditadura ??? Não tivemos ditadura. Houve um momento que os militares tiveram que assumir o governo para evitar que comumistas e picaretas terroristas tomassem o governo do Brasil. Nesse período em que o Brasil foi governado por militares, tivemos excelentes governantes, entre eles o melhor presente que este país teve desde a proclamação da República: General Ernesto Geisel.

Neto Queiroz - 17/03/2025

Chega a ser uma tremenda injustiça citar apenas Dom Pedro Casaldáliga e a Jane Vanini. Muitos outros foram figuras importantes na luta contra a ditadura militar, como Antenor Antero de Almeida, Carlos Reiners e outros.

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