JÚRI DE DOIS DIAS 13.11.2025 | 15h03

mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Josi Dias/TJMT
Julgados pelas mortes do lojista Gersino Rosa dos Santos e do vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, em novembro de 2023, dentro do Shopping Popular, o executor Sílvio Júnior Peixoto e o mandante Vanderley Barreiro da Silva foram condenados a 23 anos e 4 meses de reclusão. A ré Jocilene Barreiro da Silva, mãe de Vanderley, também foi sentenciada como mandante, com pena fixada em 25 anos de reclusão. O júri se estendeu ao longo dessa quarta (12) e quinta-feira (13).
Ao final do julgamento, os jurados reconheceram a materialidade e autoria do crime e, após a deliberação do Conselho de Sentença, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, presidente do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, proferiu a sentença condenatória dos 3 réus. A dosimetria das penas foi fixada conforme os critérios previstos no Código Penal e na legislação específica dos crimes hediondos.
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Conforme noticiou o
, narra a denúncia do Ministério Público (MPMT) que Jocilene e Vanderley, mãe e filho, encomendaram a morte do lojista Gersino Rosa dos Santos, como vingança pelo homicídio de um familiar ocorrido dias antes. A família acreditava que comerciante foi o causador da morte do filho de Jocilene e irmão de Vanderley, de nome Girley Silva Filho, vulgo Maranhão.
Segundo a promotora de Justiça, Élide Manzini de Campos, a execução de "Maranhão" ocorreu 15 dias antes do duplo homicido de Gersino e Cleyton. Ela explica que, após a instauração do inquérito, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tentou contato com o irmão da vítima, porém ele disse que não tinha interesse na investigação e desligou. Segundo ela, a investigação não avançou porque a família decidiu fazer "justiça com as próprias mãos".
O executor contratado, Sílvio Júnior Peixoto, entrou no Shopping Popular, se aproximou pelas costas de Gersino e atirou duas vezes em sua nuca. Um dos projéteis atravessou o corpo da vítima e atingiu o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, que estava na linha de tiro, provocando sua morte. Ele não era um alvo planejado do crime.
Ao longo do julgamento, os réus e suas defesas trabalharam a tese de que Jocilene não tinha envolvimento com o mando do crime e de que Vanderley teria desistido minutos antes de Silvio colocar a empreitada em prática, contudo o executor supostamente não teria atendido o telefone antes de disparar os tiros. A defesa de Silvio alegou que ele foi ameaçado de morte por Vanderley caso não executasse o "serviço" para quitar uma dívida que tinha com ele.
Por fim, o trio cumprirá as penas em regime inicialmente fechado.
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