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diretor de Política Monetária 05.10.2023 | 15h06

Galípolo aponta posição privilegiada do Brasil, mas reconhece pressão dos juros nos EUA

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Washington Costa/MF

Washington Costa/MF

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (5) que as reservas internacionais robustas, o crescimento da economia e a trajetória mais benigna da inflação colocam o Brasil em posição privilegiada frente ao impacto da alta dos juros norte-americanos. Ele reconheceu, porém, que a remuneração mais alta dos títulos dos Estados Unidos, citando yields de 5% ao ano, não costuma ser um cenário tranquilo a países emergentes.

 

Galípolo atribuiu à elevação dos Treasuries, como são chamados os títulos emitidos pelo Tesouro dos Estados Unidos, e as previsões mais pessimistas do mercado, que apontam uma taxa de 10,5% para a Selic ao fim do ciclo de flexibilização monetária. “O que a gente escuta lá fora é: vocês fizeram a lição de casa, estão performando melhor do que seus pares, mas o diferencial de juros está estreitando. E, sendo o Brasil um país de carry trade, operação que visa ganhos com base na diferença entre as taxas, começa a discussão sobre o estreitamento do diferencial.”

 

Durante fórum sobre fundos imobiliários, realizado em São Paulo pelo GRI Club, Galípolo destacou as surpresas positivas da inflação, mas reconheceu que o BC ainda tem a “ultima milha” para reancorar as expectativas de inflação na meta central de 3% nos próximos anos. Hoje, as expectativas para 2025 adiante estão em 3,5%.

 

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Ao elencar as explicações possíveis para a elevação e volatilidade dos Treasuries, o diretor de política monetária do BC citou a possibilidade de o Japão ter deixado de comprar os títulos americanos - hoje, uma explicação mais frágil -, a venda de reservas em dólares por países como a China, e a reversão da expansão monetária quantitativa nos Estados Unidos.

 

Ele também lembrou da necessidade de financiamento dos Estados Unidos - US$ 200 bilhões por mês -, o que leva o Tesouro do país a emitir mais títulos, pressionando as taxas para cima. Galípolo disse não perceber um risco de default na maior economia do mundo - ou seja, um calote da dívida -, mas, sim, uma maior pressão fiscal pela maior necessidade de financiamento.

 

Em paralelo à resiliência da atividade econômica nos Estados Unidos, a situação pode exigir que o Federal Reserve, o banco central do país, mantenha os juros em patamar alto por mais tempo, pontuou Galípolo.

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