crime bárbaro 26.03.2025 | 17h30
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução / Otmar de Oliveira
Nataly Helen Martins Pereira foi denunciada, nesta quarta-feira (26), por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso pela 27ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá. Ela é acusada de matar a adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, 16, que estava grávida de 9 meses, no último dia 12 de março.
O promotor de Justiça Rinaldo Segundo, explicou a mudança interpretativa. Segundo ele, o crime praticado configura feminicídio, pois foi cometido com evidente menosprezo à condição de mulher da vítima.
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“Nataly tratou Emelly como um mero objeto reprodutor, um ‘recipiente’ para o bebê que desejava, demonstrando total desprezo pela sua integridade corporal e autodeterminação. A conduta de Nataly revela a coisificação do corpo feminino, reduzindo-o à sua função reprodutiva, como evidenciado pelo fato de ter mantido contato com a vítima por meses apenas com o intuito de monitorar o desenvolvimento da sua gestação e, no momento oportuno, apropriar-se violentamente do fruto de seu ventre”, argumentou.
Conforme o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a denunciada atraiu a vítima sob o pretexto de doar roupas para a bebê, a imobilizou e asfixiou, causando-lhe a morte e colocando em risco a vida do feto.
“Nataly realizou uma cesárea improvisada na vítima ainda com sinais vitais, sem qualquer anestesia ou procedimento para minimizar a dor, causando-lhe sofrimento físico intenso e desproporcional”, narra a denúncia.
Depois de retirar a criança do ventre da vítima e cometer o feminicídio, Nataly ocultou o cadáver de Emelly, enterrando-o no quintal da residência, e se apresentou no hospital como parturiente. Contudo, exames revelaram que ela não havia dado à luz recentemente.
A denunciada teria ainda limpado o local do crime para remover vestígios e utilizado o celular da adolescente para enviar mensagens falsas aos familiares, além de ter falsificado um exame de gravidez.
Segundo apurado durante as investigações, Nataly é mãe de três filhos homens e desejava ter uma menina. Como já tinha feito laqueadura, mapeou mulheres grávidas de meninas. Ela manteve contato com a vítima por meio de um grupo de WhatsApp destinado à troca e doação de itens para bebês e atraiu a vítima para o local do crime com o falso pretexto de doar roupas.
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