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inspeção encontra demora 28.06.2025 | 08h46

CNJ pede ajuste de comissionados e recomenda concurso no TJ

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Alair Ribeiro/TJMT

Alair Ribeiro/TJMT

Durante a conclusão dos trabalhos da inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em Mato Grosso, o coordenador da ação e desembargador Arnoldo Camanho, recomendou ao Tribunal de Justiça (TJMT) a realização de concurso para suprir a insuficiência de oficiais de Justiça no estado. De acordo com Camanho, foi identificada demora nos procedimentos para realização do certame e estes devem ser sanados.

 

“Havia uma necessidade de extinguir alguns cartórios, por algum motivo, e isso precisava do aval da Corregedoria Nacional de Justiça, aval este que foi dado pelo ministro Mauro Campbell. A partir daí, se isso era um empecilho à realização do concurso, então esse empecilho foi removido”, destacou a imprensa após solenidade de encerramento da inspeção, que se estendeu por 3 dias.

 

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Durante discurso, o desembargador destacou que as equipes identificaram uma demora excessiva na tramitação de procedimentos internos para realização do concurso e que o ministro Campbell autorizou que o TJMT encaminhe um projeto de lei a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) visando a extinção de 56 serventias, o que deve destravar a questão do concurso em definitivo.

 

De modo geral, o desembargador avaliou a visita a Mato Grosso como positiva e destacou que não houve grandes apontamentos ou irregularidades. Contudo, ponderou a necessidade de ajustes como o percentual de servidores comissionados, que não atende a recomendação do CNJ; atenção a processos parados há mais de 120 dias; correção da inexistência de sistema informatizado na coordenadoria de auditoria interna, tido como gargalo de eficiência da unidade, cabendo ao setor de tecnologia do TJMT priorizar uma solução para o setor.

 

Ele destacou que algumas unidades alcançaram resultados significativos, como, por exemplo, o trabalho da corregedoria geral, pelo desembargador José Luiz Leite Lindote, com "rigoroso controle de metas e desempenho". Foi mencionado que os gabinetes de demais desembargadores também tiverem relevante controle de acervo e gestão do trabalho, com auxílio da inteligência artificial LexIA. Foi destacada a ferramenta de identificação de nepotismo e também centro de atenção em autismo.

Concurso
Na quinta-feira (26), o Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Mato Grosso (Sindojus-MT) dialogou diretamente com a equipe do CNJ para apresentar as demandas mais urgentes da categoria. Uma delas, segundo o Sindojus, é a homologação imediata do concurso público para oficiais de justiça. No encontro, foi destacado que o resultado final do concurso foi publicado em maio de 2025, mas ainda não homologado.

 

A categoria rejeita a tentativa da administração de realizar novas contratações temporárias, medida considerada inconstitucional. O sindicato evidenciou a grave defasagem no quadro de oficiais — 320 cargos vagos — e os impactos dessa carência na prestação jurisdicional.

 

Inspeção

A equipe foi composta por 10 magistrados e 20 servidores, que se dividiram em 9 equipes para visitar 62 unidades da Justiça, tanto em Cuiabá quanto no interior. Para inspeções em segundo grau, foram designadas 3 equipes, uma na cúpula do tribunal e 2 em gabinetes de desembargadores. Em unidades de primeiro grau foram 3 equipes em diversas varas. Duas equipes inspecionaram serventias extrajudiciais e outras para precatórios, TI e área administrativa.

 

Ao finalizar a inspeção receberam das equipes relatório de áreas que atuaram e serão consolidados em um grande balanço, que o ministro Campbell elabora um voto e com determinações e recomendações será levado a julgamento no plenário do CNJ. As determinações vêm com prazo para serem cumpridas e o CNJ fiscalizará o cumprimento.

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Comentários

Anton - 02/07/2025

Eu tiro o chapéu ao CNJ, precisou vir órgão de fora para constatar, que tem pessoas há anos ocupando funções comissionadas no Departamento responsável pelos Cartórios, com vasta experiência, deve ter funcionário ganhando um bom salário para ajudar o Corregedor, não deveria ter acontecido essa demora. Que sirva de alerta a Corregedoria que essas pessoas não merecem estar aonde estão, vamos apurar.

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