APRESENTOU ATESTADO 21.03.2023 | 11h35
redacao@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
Foi marcada para o próximo dia 19 de junho a sessão em que será interrogada a tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps, do Corpo de Bombeiros, sobre o caso de maus tratos contra o ex-aluno soldado Maurício dos Santos durante treinamento realizado na Lagoa Trevisan, em 2016, mesma época em que morreu Rodrigo Claro, também após ações de Ledur. Ela apresentou um atestado médico ontem (20) que apontou que está grávida de 18 semanas e lhe recomendou 5 dias de repouso.
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Conforme o termo de sessão de instrução, na audiência realizada nesta segunda-feira (20) foram ouvidas 5 testemunhas, todas militares do Corpo de Bombeiros. A defesa de Ledur, patrocinada pelo advogado Huendel Rolim Wender, insistiu na oitiva da testemunha ST BM Marcizio Oliveira Moraes, o que acabou sendo deferido.
O juiz Marcos Faleiros Da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, então agendou a próxima sessão para o dia 19 de junho, às 13h30, ocasião em que será ouvida a testemunha solicitada pela defesa, bem como será realizado o interrogatório de Ledur.
Foi apurado pelo que Ledur apresentou um atestado médico, com a data de ontem (20), que lhe recomendou 5 dias de repouso domiciliar. No documento é descrito que a tenente esteve em consulta médica, foi medicada, está grávida de 18 semanas e tem limitações pois faz uso de medicamentos.
A denúncia contra Ledur, por este caso de maus tratos, foi recebida em fevereiro de 2022. A vítima, Maurício dos Santos, foi ouvida em julho do mesmo ano. Na audiência ele disse que suplicou para que ela não o matasse durante o treinamento na Lagoa Trevisan.
“Ela pegou, me chamou até ela e pediu para eu passar um cabo por debaixo do pescoço e aí ela começou a fazer sessões de afogamento”, conta. “Me peguei nela e pedi: pelo amor de Deus, para!”. Ledur, por sua vez, repreendeu Maurício e o afogou novamente. “Cê ta louco, aluno? Cê ta louco encostar em oficial?”.
Maurício contou que o coordenador da prova interveio e pediu para que Ledur parasse. “Se fosse ela [coordenadora], eu teria morrido”. Ainda segundo o rapaz, ele foi jurado que seria pego na prova final.
Caso Rodrigo Claro
Rodrigo Claro morreu em 15 de novembro de 2016, 5 dias após ser internado em hospital particular de Cuiabá. Ele participava de treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, curso do qual a oficial era instrutora. Conhecida por sua conduta enérgica e até agressiva, a tenente teria perseguido o soldado, sabendo da dificuldade que ele apresentava durante o treinamento.
No curso, o jovem passou mal após sofrer vários “caldos” e foi impedido pela tenente de deixar a aula, mesmo relatando o mal estar. Já sem forças para continuar, ele saiu do treinamento e foi buscar socorro médico.
Da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Verdão, ele foi encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá, onde faleceu.
Em setembro de 2021, o juiz Marcos Faleiros, julgou parcialmente procedente o pedido da acusação, e determinou a prisão de Ledur como crime militar por maus-tratos.
Em agosto de 2022, no entanto, a 11ª Vara Criminal de Cuiabá teve o entendimento que prescreveu a pena de Ledur.
Em despacho publicado no Diário Oficial do Estado do último dia 14 de março o governador Mauro Mendes (União) declarou extinta a punibilidade da bombeiro militar 1º tenente Izadora Ledur Souza Dechamps.
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Sidao - 21/03/2023
É por isso que o país passa tudo que esta acontecendo lei existe só deveria ser cumprida
Adalberto Jorge de Souza - 21/03/2023
Que morosidade da justiça em! Será se fosse uma maria qualquer, teria também esse previlégio de não ser ouvida em audiencia, por estar gravida?
2 comentários