Operação Ludus Sordidus 22.08.2025 | 12h30
redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira/Reprodução
A Justiça de Mato Grosso decidiu conceder prisão domiciliar a Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, conhecido como “Vovô”, apontado como líder de uma organização criminosa que comandava crimes como tráfico de drogas, jogos de azar e lavagem de dinheiro, em bairros como Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacências. Sebastião foi preso na Operação Ludus Sordidus, na quinta-feira (21). Além da prisão domiciliar, o magistrado autorizou a presença do investigado no velório do irmão.
Segundo a defesa do suspeito, Vovô sofre de cardiopatia com entupimento arterial e risco de infarto, solicitando ao magistrado que o cliente não poderia ser adequadamente tratado dentro do sistema prisional.
O juiz Moacir Rogério Tortato deferiu o reconhecendo a necessidade de substituição pela prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, que será colocada somente na próxima segunda-feira (25).
“O cárcere não se mostra ambiente adequado para o enfrentamento dessa condição de saúde, até que se encontre a melhor solução médica”, destacou o juiz na decisão.
Além da prisão domiciliar, o juiz autorizou que Sebastião acompanhar a velório e enterro, do irmão João Bosco Queiroz Amorim, que morreu, reagiu na tentativa de abordagem e foi baleado pelos policiais.
Segundo as investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Sebastião buscava consolidar poder através de uma imagem “assistencialista”, estratégia usada por facções para ganhar respaldo popular, utilizando o time SN Futebol Clube.
“Esse líder atuava em bairros específicos e, por meio de diversas práticas criminosas, se valia de uma suposta imagem de benfeitor para se aproximar da população carente. Ele era presidente de um time de futebol, promovia ações sociais como doação de cestas básicas e gás, justamente para atrair a simpatia da comunidade”, destacou o delegado da Draco responsável pelas investigações, Antenor Junior Pimentel Marcondes.
A Polícia Civil definiu essa prática como uma forma de “lavagem de imagem”. “É uma estratégia criminosa para que a população veja esse indivíduo como protetor, quando, na verdade, por trás dessa fachada, existe uma cadeia de delitos graves. Nossa ação desarticulou essa estrutura e conseguiu descapitalizar praticamente todos os bens identificados como frutos do crime”, explicou outro delegado.
Na operação, autorizada pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, em que 8 já foram cumpridos, 8 de busca e apreensão, além do sequestro de 7 imóveis e do bloqueio de contas e valores que somam mais de R$ 13,3 milhões.
Outros alvos
Gerente da Policlínica do Jardim Glória, em Várzea Grande, identificado como Renan Curvo da Costa, 31, é um dos presos na Operação Ludus Sordidus, que desarticulou uma facção criminosa envolvida em tráfico, estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
O ‘influenciador’ Dainey Aparecido da Costa, conhecido como Deniz Bet, de Várzea Grande, também é um dos alvos da Operação Ludus Sordidus, que desarticulou uma facção criminosa envolvida em tráfico, estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
João Bosco Queiroz Amorim, irmão de Sebastião, foi baleado durante Operação Ludus Sordidus, que desarticulou uma facção criminosa envolvida em tráfico, estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, na manhã desta quinta-feira (20), em Cuiabá.
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Pedrozinho - 22/08/2025
Esse é o nosso judiciário
cuiabano indignado - 22/08/2025
O camarada parasita no submundo do crime.Decide quem vive e quem morre quando contrariado.Comanda um exército de delinquentes e marginais contumazes.Coracao bate em 180, pressão 22 x 12. E Quando vai preso, aparece um juiz e manda soltar porque tem problema cardíaco. Muito estranha essas decisões desses juízes.
2 comentários