juíza cita frieza e violência 02.04.2025 | 17h10
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
O Tribunal do Júri condenou Richard Estaques Aguiar Silva Conceição e Murilo Henrique Araújo de Souza a 17 anos de prisão, cada um, pela morte do assessor do deputado estadual Wilson Santos (PSD), Wanderley Leandro Nascimento Costa. Os réus foram julgados na terça-feira (1).
Atenta à decisão do Conselho de Sentença, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, decidiu pela condenação da dupla e destacou a “a ausência de impulsividade e frieza emocional” dos réus, já que tiveram tempo para refletir sobre o crime que seria praticado e planejaram a morte da vítima.
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A denúncia oferecida pelo Ministério Público foi recebida em 21 de março de 2023. Os acusados foram pronunciados por emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa do ofendido. Murilo foi preso em flagrante delito no dia 20 de fevereiro de 2023, na cidade Terra Nova do Norte-MT. Já Richard, foi preso em flagrante no dia 21 de fevereiro de 2023, na cidade de Nova Mutum-MT.
A magistrada destacou ainda que as consequências do crime foram graves, já que a vítima exercia o papel de pai dos dois filhos da sua convivente, frutos do seu relacionamento anterior, inclusive um deles é autista. É dito ainda que após morar com a mulher teve mais dois filhos de consideração e que os provia financeiramente, deixando desamparados após a morte.
Pesou a Richard o fato de ter um relacionamento homoafetivo com a vítima há vários anos, razão pela qual frequentava assiduamente a casa de Wanderley, valendo-se da confiança da vítima, e junto de Murilo o colocou numa “situação de vulnerabilidade, arquitetou e executou a sua morte, o que torna a sua conduta ainda mais grave”, cita.
Diante do exposto, a dupla foi condenada à pena privativa de liberdade de 17 anos de reclusão e à pena pecuniária de 20 (vinte) dias-multa, cada um, no regime inicialmente fechado.
O caso
Wanderley foi dado como desaparecido no dia 16 de fevereiro de 2023, quando manteve o último contato com familiares. Diante do desaparecimento, o boletim de ocorrência foi registrado, mas, dias depois, o corpo da vítima foi encontrado em um lixão localizado na área do Cinturão Verde, em Cuiabá.
A localização do corpo ocorreu após confissão de Murilo, que disse ter matado o assessor e jogado a vítima em uma área do bairro Pedra 90. Posteriormente, Richard foi preso também por envolvimento no crime.
Ambos os presos prestaram depoimento e confessaram participação no assassinato. Wanderley foi asfixiado até a morte durante ação da dupla na própria casa, no bairro São João Del Rey, na Capital.
Posteriormente, em audiência de custódia, o juiz Ricardo Frazon Menegucci apontou que Murilo é uma pessoa "violenta" e "fria" e determinou a conversão de sua prisão em flagrante para preventiva na terça-feira (21). Com a decisão desta quarta-feira, o segundo preso pela morte do assessor também teve sua prisão mantida.
O MP denunciou os dois pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, além do crime de furto. Após matar a vítima, eles levaram seu carro, um Chevrolet Tracker, além de uma TV 70 polegadas, um aparelho de celular, um notebook e um cartão de crédito.
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