réu com problemas de saúde 20.09.2025 | 08h00
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Agência Brasil
Júri popular de Ocimar Alves Rodrigues, réu pelo feminicídio de Rosimar Ferreira da Silva, que estava marcado para ocorrer na tarde da última segunda-feira (15), foi suspenso e não há data prevista para ser redesignado. A defesa alegou que ele está com problemas de saúde. Ocimar havia sido condenado em outro julgamento pela morte da companheira, pisoteada na cabeça após um desentendimento entre o casal, porém a decisão foi anulada.
O primeiro júri de Ocimar ocorreu em 13 de agosto de 2024. Na época, o conselho de sentença decidiu condená-lo pelo crime de lesão corporal seguida de morte, sendo a pena definida em 6 anos de reclusão no regime inicialmente semiaberto. No entanto, após recursos, o julgamento foi anulado.
O crime ocorreu no ano de 2017, em Cuiabá. Um vizinho do casal narrou em depoimento que no dia anterior ao fato teve contato com o suspeito e se recorda que Rosimar se queixava de dor de cabeça, mas apesar disso ela bebia cachaça com o companheiro. A testemunha afirmou que por volta das 3h da madrugada, Ocimar o procurou e contou que Rose estava caída no chão, vomitando sangue pela boca. Ele foi à casa ao lado e encontrou a mulher caída, com o rosto sujo, sem respostas aos chamados e diante disso acionou a polícia.
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Em depoimento, Ocimar relatou que Rosimar acordou por volta das 6h e já começou a beber. Já por volta das 9h ele saiu para comprar uma caixa de cerveja e a partir daí começou a beber com a mulher. Ele afirmou que por volta das 20h Rose começou a ficar alterada e então ele saiu de casa. Quando retornou, a vítima estava agressiva e ao vê-lo perguntou se estava com outra mulher.
Ele alegou que em determinado momento a mulher partiu para cima dele com murros e tapas e se lembra de ter empurrado ela, que caiu no chão entre a cama e o guarda-roupa. Depois disso saiu de casa e foi para um boteco para continuar a beber. Quando voltou, a mulher estava caída de bruços no mesmo lugar e, ao se aproximar, viu que ela não se mexia e tinha sangue escorrendo pela boca e nariz.
A princípio ele disse que apenas empurrou a mulher, entretanto, relatou depois que quando a vítima caiu, ele pisou 3 vezes na cabeça dela. Afirmou que não se lembra de ter enforcado a mulher, mas admitiu que poderia ter pisado em seu pescoço.
O laudo pericial apontou que a vítima tinha lesões evidentes no rosto, que foram encontrados sinais de asfixia mecânica e que a morte ocorreu por traumatismo cranioencefálico. Não há data prevista para o novo júri ocorrer.
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