APÓS AFASTAMENTOS NO TJ 02.08.2024 | 14h36
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Reprodução
Após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo afastamento dos desembargadores João Ferreira e Sebastião Moraes, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por suspeita de envolvimento em venda de sentenças, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu novas diligências para apurar a morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro do ano passado. Os magistrados foram acusados de ter uma amizade íntima com o advogado e teriam tomado decisões para favorecer o falecido.
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De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, o pedido foi feito pelo promotor Jorge Paulo Damante Pereira, da 2ª Promotoria Criminal de Cuiabá.
Ao determinar o afastamento dos magistrados a Corregedoria Nacional apontou que, “em paralelo com a incomum proximidade entre os magistrados e o falecido Roberto Zampieri”, os autos sugerem, “efetivamente, a existência de um esquema organizado de venda de decisões judiciais, seja em processos formalmente patrocinados por Zampieri, seja em processos em que o referido causídico não atuou com instrumento constituído, mas apenas como uma espécie de lobista no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso”.
As investigações indicam que Zampieri foi assassinado por conta de ações envolvendo disputa de terra. Os dois desembargadores afastados pelo CNJ já atuaram em alguns processos sobre este tema. Os magistrados têm 15 dias para apresentarem defesa.
O caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.
No dia 22, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.
Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso no dia manhã de janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante, Aníbal Manoel Laurindo, está solto.
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