Julgamento em Vila Rica 06.08.2019 | 10h47

redacao@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Um dos maiores júris populares da história de Mato Grosso ocorre nesta terça-feira (6), em Vila Rica (1.259 km a Nordeste de Cuiabá). No banco dos réus está José Bonfim Alves Santana, que confessou o assassinato dos procuradores Saint’Clair Martins Souto e Saint’Clair Diniz Martins Souto. Mãe e viúva das vítimas, Elizabeth Souto afirma que esse é o julgamento mais triste de sua carreira e que “por maior que seja a pena, não satisfaz, não substitui essa dor que é para o resto da vida”.
Para o júri foi montado um esquema de segurança, com interdição de ruas, restrição no acesso ao Tribunal e quarto individual em hotel para cada um dos jurados. A previsão é que o julgamento dure 3 dias.
O crime aconteceu em setembro de 2016. Segundo o Ministério Público do Estado (MPE), pai e filho foram mortos pelo caseiro porque eles estavam desconfiados que José estava furtando gado da fazenda e pretendiam denunciar o caso. O acusado está preso em Água Boa (730 km a Leste) e confessou o crime.
Leia também - Juiz manda fechar ruas e pede reforça na segurança de fórum para júri
Elizabeth, que além da ligação com as vítimas também é assistente da acusação, disse que nunca pensou ter que atuar em um caso como esse. “Nunca pude imaginar, já no apagar das luzes, tantos anos de profissão, que fosse assumir a tribuna para fazer justiça para o meu marido e meu filho. É homenagem que eu faço em nome dos meus filhos e netos”.
A advogada enfatiza que o julgamento não será fácil, ainda mais pela carga emocional envolvida. “Eu vou tentar, com fé em Deus vou tentar superar. Vou fazer o possível para não decepcioná-los. Espero que o conselho de sentença e o juiz nos dê a pena máxima”.
Oswaldo Augusto Benez dos Santos, advogado do réu, informou que o trabalho da defesa será para reduzir a pena do acusado. “Por enquanto nosso objetivo é atenuar a pena. Parto do mínimo possível. É isso que vou pedir para os senhores jurados, 12 anos por homicídio. As qualificadoras, acho elas um tanto quanto fracas e algumas são difíceis o promotor mantê-las”.
Ele critica o excesso de segurança para o julgamento. “É um aparato muito grande e a meu ver não teria tanta necessidade assim. Não é porque o réu cometeu os delitos que se torna extremamente perigoso. Para mim é mais um júri”.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.