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11.07.2017 | 18h42

Perri libera cabo suspeito de participação em esquema de escutas

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(Atualizada às 19h) - O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, determinou a soltura do cabo Euclides Luiz Torezan, preso em junho sob a acusação de participar do esquema de escutas clandestinas no âmbito da Polícia Militar, supostamente a mando do primeiro escalão do governo Pedro Taques (PSDB).

A decisão foi proferida nesta terça-feira (11). Torezan atuava no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e estava preso no 4º Batalhão de Várzea Grande.

O advogado André Stumpf, que atua na defesa do militar, ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva ontem. Ele alegou que Torezan tem colaborado com a elucidação do esquema. Afirma que o cabo já entregou documentos e celular e não oferece risco à instrução do processo.

Chico Ferreira

Perri libera cabo suspeito de participação em esquema de escutas

O celular entregue, inclusive, já foi periciado e conversas de whatsapp foram impressas para confirmar as declarações prestadas em colaboração, segundo a defesa. O militares teriam um grupo denominado de "Sentinela" numa referência ao sistema que estava sendo desenvolvido.

Ainda segundo a defesa, o cabo Torezan fez a juntada de novos documentos pra colaborar ainda mais com o esclarecimento do esquema que teria ocorrido na modalidade "barriga de aluguel”. Teriam sido vitimas dos grampos mais de mil pessoas, entre políticos, magistrados, médicos, empresários e jornalistas.

A prisão de Torezan foi determinada pelo próprio desembargador Orlando de Almeida Perri em uma decisão que prendeu ainda o secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, e seu adjunto, coronel Ronelson Barros, o tenente coronel Januário Antônio Edwiges Batista, o corregedor-geral da Polícia Militar, o coronel Alexandre Corrêa Mendes, o diretor de Inteligência da corporação, o tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira.

Os três primeiros militares presos são acusados de integrarem o esquema de escutas, inclusive, Lesco é apontado como chefe e responsável por comprar os equipamentos para executar os grampos. Já os dois últimos foram presos administrativamente por vazarem a informação de que ocorreria a prisão dos outros militares.

Leia mais - Desembargador manda prender 6 militares; 2 são secretários

Além deles, já estavam presos desde o mês de maio o ex-comandante geral da PM, coronel Zaqueu Barbosa, e o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, também sob a acusação de participação no esquema de grampos.

Grampos ilegais – O caso dos grampos ilegais veio à tona após denúncia feita pelo promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança, Mauro Zaque.

Militares teriam se utilizado irregularmente do sistema "Guardião" de interceptação telefônica, bem como formalizado pedidos de interceptações telefônicas e respectivas prorrogações, como também dos relatórios de inteligência, com desvio de finalidade, a fim de que, na clandestinidade, obtivessem chancela judicial para execução de escutas indevidas.

O inquérito policial militar foi instaurado e está sob a responsabilidade do coronel Jorge Catarino e apura a participação dos militares no crime. Ele protocolou nesta segunda-feira (10), junto ao Tribunal de Justiça, o relatório preliminar do caso e apontou a necessidade de realização de diligências complementares, como a coleta de novos depoimentos.

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