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‘NINGUÉM MORRE DE GRAÇA’ 15.10.2024 | 14h35

Réu por 7 assassinatos cita droga e ofensas como motivação para matar; dono armava golpe

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Reprodução / Montagem GD

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Em seu depoimento durante o Tribunal do Júri, nesta terça-feira (15), Edgar Ricardo de Oliveira alegou que Maciel Bruno, dono do bar onde 7 pessoas foram assassinadas, o provocava e estaria armando um assalto contra ele. Edgar é réu pela chacina no estabelecimento comercial de Sinop, ocorrida em fevereiro de 2023, e foi a última pessoa ouvida na sessão do júri popular.

 

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O réu reforçou as teses de que teria sido provocado e que não teve a intenção de matar Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos, contestando o que foi afirmado por outras testemunhas momentos antes.

 

Edgar iniciou falando que as testemunhas estavam colocando “fatos que não foram verdadeiros”. Disse que, no dia do crime, recebeu uma ligação de Ezequias convidando-o para jogar contra Getulio no bar de Maciel Bruno. Edgar pontuou que, a princípio, recusou e disse ao amigo que “Bruno está confundindo jogo com guerra e adversário de jogo com inimigo”. No entanto, Ezequias teria insistido e Edgar acabou aceitando. Após a derrota na manhã ele foi embora e não planejava voltar.

 

O réu ainda disse que Maciel Bruno “já vinha armando” contra ele, não apenas no jogo, mas em coisas pessoais. Ezequias teria dito a ele que o dono do bar estava planejando um assalto, já que Edgar era um homem "com uma vida boa". Disse ainda que uma das vítimas assassinadas na chacina, Orisberto Pereira Sousa, teria ameaçado ele com uma arma de fogo.

 

Apesar das ameaças, provocações e supostas tentativas de golpe, Edgar disse que resolveu atender ao pedido de Ezequias e retornar ao bar à tarde. Durante o jogo, os comentários teriam continuado e isso afetou o psicológico de Edgar.

 

O réu contou que, em determinado momento, já irritado, pensou em ir embora, mas Ezequias teria lhe oferecido cocaína e ele aceitou. Depois que retornou, então, as execuções começaram.

 

“Depois do momento que eu cheirei aquela cocaína e entreguei pro Ezequias o pino, (...) aí eu saí de dentro e fui pra jogar, e eu já estava meio assim, parece que o mundo já tinha parado (...). Quando eu vim cair em mim eu já estava num sítio na Gleba Mercedes (...). Eles não eram santos, dizer que eu ‘arrebanhei’ eles no canto, eu tive a precaução pra não ser atingido, pra não ser baleado (sic)”, afirmou.

 

Disse que agiu no “ápice da explosão” e quando viu “já tinha acontecido”. Sobre a vítima Adriano Balbinote, 46, disse que se tivesse ficado sentada, não teria morrido.

 

Contou que era viciado no jogo e ia ao bar de Maciel Bruno para jogar porque o único adversário à sua altura era Getulio. Disse: "eu me recordo de tudo, registrei tudo na memória, eu só não sei como eu saí do controle aquele ponto de fazer aquilo".

 

Relatou que teve uma amizade com Bruno, que inclusive chegou a fazer viagens com o dono e bar e suas namoradas. No entanto, depois acabou descobrindo que, supostamente, Maciel Bruno teria clonado seu celular na intenção de prejudicá-lo. Afirmou que não arrolou uma testemunha para atestar este fato porque “nunca fui ouvido por ninguém”.

 

O réu contou que “tudo o que eu movimentava o Bruno dava um jeito de destruir” e que o dono do bar pagava “caixinha” ao Comando Vermelho. Afirmou também que Maciel Bruno, Getulio e a vítima Josue Ramos Tenorio estariam em conluio para prejudicá-lo no jogo.

 

Relatou ainda que Bruno, supostamente, fazia provocações a ele, mas sem falar diretamente. Disse que aproveitou a exibição do jogo de futebol na TV para fazer comentários que na realidade eram direcionados a Edgar.

 

Destacou que não vivia do jogo e que “ninguém morre de graça”, que se sentiu afrontado pelos insultos velados. “Senti que aquilo não seria bom para mim”, afirmou.

 

“Eu nunca fui um bandido, eu não roubei ninguém, não assaltei ninguém (...). Eu sendo taxado de assaltante, me sinto envergonhado, isso daí destrói o meu ego, porque o tanto que eu trabalhei na minha vida pra ser um homem íntegro”.

Edgar ainda disse que sofria “sempre as mesmas perseguições desde a época de escola, sempre se juntavam uns 4 ou 5, covardes, e sempre eu era o prejudicado”.

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