Tabeliã e comerciante vão a júri por morte de funcionária que fez reclamações

Está marcado para a manhã desta terça-feira (21) o julgamento de Silvana Souza Freitas Goncalves e Elmisson Souza Freitas, pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, pelo homicídio de Vilmara de Paulo no ano de 2007 em Pontes e Lacerda (448 km a Oeste). A vítima era funcionária do cartório onde o pais dos dois suspeitos, Marcelo Rodrigues de Freitas, era o Oficial Titular. Ela fez uma reclamação trabalhista contra eles e um dos executores do crime afirmou que o crime foi encomendado por Marcelo.

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Silvana e Elmisson são filhos de Marcelo Rodrigues de Freitas, que era o Oficial Titular do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Pontes e Lacerda. Ela era tabeliã substituta e seu irmão era comerciante.

O crime ocorreu em 27 de junho de 2007, por volta das 18h, próximo a um bar na região central de Pontes de Lacerda. O homicídio foi planejado após a vítima ter ingressado com ações trabalhistas e por dano moral contra os proprietários do cartório e noticiado que possuía informações de irregularidades graves que ocorriam no referido estabelecimento.

Um dos envolvidos no homicídio foi quem relatou que o mandante do crime seria o "dono do cartório". Os disparos contra a vítima foram efetuados por Márcio da Cruz Pinho.

Marcelo já faleceu. Em 2011 foram condenados dois envolvidos no crime. Aurindo Soares da Silva, ex-policial militar recebeu pena de 21 anos e 6 meses de reclusão, além da perda da função pública, e Márcio da Cruz Pinho de 19 anos e 6 meses.

O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri de Cuiabá em razão da influência econômica e política dos mandantes que poderia afetar a imparcialidade dos jurados de Pontes e Lacerda. O julgamento de Silvana e Elmisson está marcado para às 9h de hoje (21), mais de 15 anos depois do crime.