Trio de faccionados acusado pela morte de traficante vai a júri popular

Pedro Henrique Frazão dos Santos, Cristyan Nascimento Silva e Liriani Trindade Soares da Silva, apontados como membros da facção criminosa Comando Vermelho, serão julgados pelo Tribunal do Júri de Cuiabá nesta quinta-feira (12) pelo homicídio de Diego Gomes Vilela, ocorrido no ano de 2019 em Cuiabá. A vítima seria traficante, mas não trabalhava para a facção dos suspeitos e, por isso, teve sua morte decretada.

Leia também - Juíza se compadece da dor de réu por morte de mãe, mas mantém prisão

De acordo com os autos, o crime ocorreu por volta das 17h45 do dia 17 de julho de 2019 em frente a uma casa no bairro Jardim Industriário II, próximo ao "Bar do Negão". Os suspeitos seriam integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

Pedro teria a função de "disciplina", ou seja, aquele que aplica as correções e punições em nome da facção. Já Cristyan e Liriane teriam a função de "soldado", os responsáveis pela parte operacional dos crimes. Eles mantinham um relacionamento amoroso.

Conforme apurado, Diego Gomes Vilela, conhecido como "Tigueirinha", era usuário de drogas desde a adolescência e também tinha envolvimento com a prática de crimes. Ele seria traficante de entorpecentes, mas não trabalhava para o Comando Vermelho. Por causa disso a facção acabou ordenando a morte dele.

No dia do crime, Pedro, Cristyan e Liriane foram à casa da vítima em duas motocicletas. Ao chegarem ao local, Pedro começou a conversar com Diego até que deu um sinal aos comparsas, que se aproximaram.

Liriane estava na garupa de seu companheiro Cristyan e passou uma arma de fogo para ele. O suspeito então deu vários disparos na direção da vítima, que foi atingida em várias regiões do corpo, inclusive na cabeça. Quando verificaram que Diego estava, de fato, morto, os criminosos fugiram.

Eles foram denunciados pelo crime de homicídio, com as qualificadoras de “motivo torpe” e “emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima”. O julgamento foi agendado para a manhã de hoje.