possível 'queima de arquivo' 12.02.2019 | 10h00
Marcus Vaillant
Delegada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jannira Laranjeira afirmou ao na manhã desta terça-feira (12) que decretou sigilo no inquérito sobre o assassinato do empresário Wagner Florencio Pimentel, morto com 5 tiros dentro de um carro no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.
As oitivas com os familiares da vítima começaram na tarde de segunda. A delegada salientou que continua ouvindo outras testemunhas que podem colaborar para a elucidação do caso. O objetivo é saber se o crime foi "queima de arquivo".
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A vítima, que usava tornozeleira eletrônica, é apontada pelo Ministério Público do Estado (MPE) como líder de uma organização criminosa investigada pela operação "Crédito Podre", na qual ele e outras pessoas supostamente sonegavam impostos na venda interestadual de grãos.
Ao , Jannira explicou que ainda não pode confirmar se a execução tem relação com investigações da operação ou "queima de arquivo". Imagens do local onde o crime foi registrado foram solicitadas pela Polícia Civil para ajudar no decorrer das investigações.
Advogado consultado esclareceu que o decreto de sigilo em inquérito serve para preservar diligências e proteger possíveis novas vítimas. Seguem com acesso ao inquérito apenas juízes, o Ministério Público e os advogados constituídos no caso.
"Regra geral, uma das características do inquérito policial é o sigilo. Porém, qualquer advogado pode ter acesso. Mesmo que o advogado não tenha procuração sobre o caso. Quando delegados decretam sigilo, se condiciona todas as peças apenas aos profissionais com procuração, após exame preliminar", esclareceu jurista consultado.
Caso
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após serem ouvidos tiros na rua Brasília, no bairro Jardim das Américas. Wagner foi encontrado em seu carro, um Renault Sandero branco, com várias marcas de tiros e já sem vida.
O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) constatou que a vítima já estava morta. No carro foram encontradas 5 cápsulas de munição calibre 9 mm, R$ 1.600 em dinheiro e uma sacola com vários envelopes.
Prisão
Wagner é investigado por liderar um esquema de sonegação que utilizava empresas de fachada para fraudar impostos. Ele chegou a ser preso em 2018 e foi solto com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira, proibição de frequentar a Secretaria de Fazenda (Sefaz) e também de se sair do Estado.
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