'E O RESTO DA POPULAÇÃO?' 01.05.2020 | 17h08

jessica@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), voltou a cobrar o agronegócio para uma contribuição maior no combate à pandemia de covid-19 no estado. Logo após o anúncio do Grupo Amaggi de doação de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI’s) para Sapezal, o democrata criticou a atitude, pois poderiam “fazer mais”, ele avalia que a doação visa atender familiares que moram na cidade. “E o resto da população?”, se indignou.
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Em entrevista ao programa Opinião, da TV Pantanal canal 22, o presidente pontuou que o agronegócio é muito rico e poderia ajudar mais nesse momento.
Botelho argumentou que o agro vem crescendo entre 20% e 30% no estado, anualmente, e que a situação exige mais empenho.
“Todo o ano a fortuna dessas pessoas cresce a números astronômicos. Será que eles não podem dar um passo para traz e oferecer uma contrapartida? É isso que eu cobro. Nos Estados Unidos os grandes empresários estão fazendo isso”, declarou no programa que foi ao ar nesta quinta-feira (30).
O presidente pontua que “esses homens são donos do estado e o povo adora eles”. Afirma uw respeita os produtores rurais e admite que são importantes para o estado, mas é preciso “botar limite neles”.
Na entrevista, Botelho ainda reflete sobre os métodos de enriquecimentos do setor.
“Existe um ditado que diz que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu. (...) Isso porque ninguém fica rico fazendo tudo certinho. Teve uma exploração do trabalhador, alguma coisa ele fez... tem perdão? Tem. Uma hora dessa ele vem e ajuda o povo. Faz sua contribuição”, revela.
Botelho pontua que Eraí e Blairo Maggi deveriam liderar. Eles são “os grande de Mato Grosso e do mundo”. Na visão do parlamentar, o empresário e o ex-ministro deveriam demonstrar grandeza e liderar uma discussão, o que ainda não foi feito.
Em sua fala, o deputado ainda criticou a doação dos leitos ao hospital de Sapezal. Na opinião dele, a atitude atende a interesses próprios, visto que familiares dos empresários moram na cidade.
“’Ahh doamos aqui, para nossa família’. Ótimo, bonito isso. E o povo de Mato Grosso, fica onde? Além da família Maggi e da família Scheffer tem todo o estado e fica como?”, questiona.
A “língua solta” é um dos motivos que impedem o deputado de se candidatar ao Senado, como ele mesmo afirmou na entrevista. “Eu falo coisas que desagrada muita gente”, finalizou.
Além das UTIs, as famílias Maggi e Scheffer , junto com o grupo Bom Futuro, estão doando máscaras luvas, aventais, testes de detenção rápida da Covid-19
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