CONTRATO ONEROSO 10.10.2025 | 11h20
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Será apresentado nesta sexta-feira (10), às 15h, no plenário da Câmara Municipal de Cuiabá, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da CS Mobi, que investiga o contrato do Estacionamento Rotativo, firmado pelo então prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), com a empresa em 2024. Instaurada no primeiro trimestre, a comissão investiga possíveis irregularidades no contrato, apontadas inclusive pelo atual prefeito Abilio Brunini (PL).
Na noite desta quinta-feira (9), o presidente da comissão, vereador Rafael Ranalli (PL), explicou que diante da extensão do contrato, foi necessário um relatório amplo, mas apenas com apontamentos a prefeitura para correções em cláusulas, descartando o rompimento.
“Estamos hoje no gabinete do relator da CPI debatendo a finalização do relatório conclusivo. São três vereadores opinando. Por mais que o relatório seja do Dilemário, a gente sabe que todo mundo tem sua opinião. E estamos tentando chegar a um relatório que contemple as contribuições dos três vereadores”, explicou.
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Em seis meses de trabalho, a comissão realizou sete oitivas, ouvindo representantes da empresa e permissionários. Entre os depoentes estiveram o ex-procurador-geral do Município, Benedicto Miguel Calix; fiscais do contrato à época; o gerente-geral da CS Mobi, Kenon Mendes de Oliveira; técnicos da área; a ex-secretária da Semob, Regivânia Alves; permissionários do Mercado Municipal e, de forma inédita, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro. A CPI também ouviu o ex-secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Antônio Vuolo, responsável pela assinatura do contrato de concessão.
A última oitiva ocorreu no dia 24 de setembro, com o prefeito, marcada por embates constrangedores. Inicialmente, por meio de ofício, a CS afirmou que não encaminharia superintendentes para a comissão. No entanto, no decorrer da sessão, foi descoberto que um funcionário, identificado como Henrique de Freitas, assistia a mesma direto do plenário. O homem teve os aparelhos retidos temporariamente.
Convocado a subir na tribuna e falar em nome da empresa, o rapaz atendeu o pedido, mas se negou a dar esclarecimentos. “Eu prefiro não dar depoimento. Eu vim como pessoa física, eu não gostaria de dar depoimento sobre a empresa porque eu não tenho autorização ou procuração para representar aqui”, disse.
Indagado se ele durante a oitiva trocou mensagens com alguém da empresa, ele respondeu de forma positiva, disse que conversou com colegas no grupo da empresa e reiterou que foi somente assistir. Foi ainda pedido que ele mostrasse as mensagens, e prontamente se negou.
Henrique então disse que estava de folga e foi somente para assistir a CPI e que falava com outros funcionários em um grupo.
Como mostrou o , a CPI deve encaminhar toda a documentação e denúncias, ao MP, para análise e eventual investigação. E ainda, com a possibilidade de abertura de uma nova CPI para apurar os fatos.
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