Ex-prefeito questiona contrato de R$ 77 mi e Abilio rebate

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), contestou publicamente a contratação emergencial de uma empresa, que, segundo o gestor, é especializada em coleta de lixo para atuar no atendimento de alunos com deficiência na rede municipal de ensino. Em pesquisa pelo registro da Costa Oeste Serviços LTDA foi averiguado que ela tem sede no Paraná e fornece serviços de recursos humanos para terceiros. O contrato, no valor de R$ 77,6 milhões, foi firmado por meio de dispensa de licitação pela Prefeitura de Cuiabá. Na tarde desta quarta-feira (30), o liberal negou as irregularidades.

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De acordo com a publicação, a empresa Costa Oeste Serviços LTDA foi contratada para prestar "serviços de auxílio e apoio aos alunos com deficiência, que apresentem limitações motoras, cognitivas e outras que acarretem dificuldades de autocuidado". O documento destaca que a contratação foi realizada pela Secretaria Municipal de Educação e tem vigência de 11 meses e ela assume as funções que antes eram executadas pela Conviva Serviços.

Emanuel Pinheiro criticou a decisão e questionou a necessidade da dispensa de licitação e a capacidade da empresa contratada para desempenhar o serviço.

"Durante a minha gestão, humanizamos e ampliamos os CAD, pensando no cuidado e no suporte aos nossos alunos. Agora, a atual gestão faz uma ‘dispensa de licitação’ no valor de mais de R$ 77 milhões para o mesmo serviço", ponderou.

O ex-prefeito apontou 2 problemas centrais na contratação. "Já existe um contrato vigente mais barato. Por que fazer dispensa de licitação? A nova empresa contratada é especializada em coleta de lixo. Fica a pergunta: como uma empresa desse segmento pode oferecer um serviço tão delicado e essencial? A quem interessa essa decisão?", disse.

Outro lado

Abilio afirmou que decidiu trocar a empresa anterior, que terá o contrato encerra no dia 2 de fevereiro. O gestor alega que a contratada já havia recebido várias reclamações tanto da população quanto dos próprios cuidadores.

“Para trocar de empresa a gente buscou uma que pagasse pelo menos o mesmo que a Conviva pagava e é mais barato para o município. A gente conseguiu uma economia de R$ 5 milhões por ano trocando de contrato”, destacou Brunini.