Mauro evita bater de frente com Bivar para não perder recursos de campanha

O governador Mauro Mendes (União) evitou comentar às declarações do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar (União), para que ele e outros 'bolsonaristas' dentro da sigla, procurem o PL (Partido Liberal), partido do presidente Jair Bolsonaro, para financiar as suas candidaturas para as eleições de outubro.  

Bivar é pré-candidato à presidência da República e nega que a sigla vá liberar os estados para que eles possam fazer composição dentro do palanque de Bolsonaro. "Olha, eu não vi o contexto sobre o qual ele falou e é muito difícil pra mim comentar algo, não só esta declaração, mas qualquer uma outra se eu não compreender adequadamente qual o contexto e o conteúdo completo do que foi dito", se esquivou Mendes nessa segunda-feira (6) evitando um confronto direto com o cacique da sua sigla.  

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Apesar disso, Mendes aposta que, em até o último dia das convenções partidárias em 5 de agosto, os 'bolsonaristas' do União Brasil consiga convencer a direção nacional a liberar os estados para apoiarem outras candidaturas. "Por enquanto, o que eu disse é que eu tinha uma preferência [por Bolsonaro]. Eu disse todas as vezes que o meu partido poderia ter candidato, seria um problema para se administrar. E que eu iria defender dentro do partido que pudesse ter isso [liberação para apoiar Bolsonaro]. Partido é uma democracia e chama-se partido por isso. Então, como partido vamos ver o que se decide até o dia quatro de agosto", completou logo após o encerramento da 16ª edição do Circuito Aprosoja em Cuiabá.  

Apesar da cúpula do União Brasil em Mato Grosso insistir em ser o palanque de Bolsonaro em Mato Grosso, inclusive dando a vaga de senado para o senador Wellington Fagundes (PL), a liberação não está garantida. A resistência de Bivar a liberar os estados, se deve pelo seu desentendimento com o Bolsonaro, que queria o controle do PSL, antes da fusão com o DEM, transformando-se em União Brasil.  

Caso Bivar mantenha a sua posição, Mauro Mendes teria que ter recursos do Fundo Eleitoral de outras siglas  ou financiar a própria campanha eleitoral, já que a doação de empresas estão proibidas pela legislação eleitoral.  

O União Brasil tem o maior Fundo Eleitoral neste ano com R$ 1 bilhão para gastar.