DEU EM A GAZETA 27.02.2022 | 10h09
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João Vieira
Depois da rápida ascensão em 2014, o Movimento Brasil Livre (MBL) tenta se reestruturar nos estados brasileiros após uma importante queda em sua organização nos últimos anos. Essa reformulação também passa por Mato Grosso, federação que conseguiu eleger um deputado estadual na eleição de 2018. Agora, quatro anos depois do pleito, o grupo passa por dificuldades administrativas e não deverá ter nenhum candidato nas chapas proporcionais nas eleições de outubro.
Apesar de ser confundido com partido, o MBL é um movimento político liberal conservador. O grupo ganhou musculatura, especialmente nas redes sociais, onde foram organizadas manifestações em apoio às investigações da Operação Lava Jato em prol do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela liberdade de imprensa depois da sede do Grupo Abril ter sido vandalizada em outubro do mesmo ano. À época, o grupo era liderado por Kim Kataguiri, hoje deputado federal pelo União Brasil.
Na primeira eleição após a sua criação, o movimento elegeu um prefeito e 7 vereadores no Brasil. Destes, nenhum foi em Mato Grosso. Já em 2018, o grupo conseguiu eleger um deputado federal e três deputados estaduais. Ulysses Moraes, que à época era filiado à Democracia Cristã (DC), foi o único eleito no Centro-Oeste. Hoje, o parlamentar não faz mais parte do MBL e é filiado ao União Brasil.
“Em Mato Grosso, o MBL ainda não se posicionou sobre apoio a algum candidato à majoritária. Não tem um posicionamento. O MBL está muito focado em ampliar o núcleo dele em cada estado do Brasil. O MBL está mais focado em expansão e não está tão focado em lançar candidato. Eventualmente, vai sair alguma coisa. Eu fiquei sabendo, mas vai ser na eleição para vereador em 2024. Não tem ninguém que vai sair [candidato]”, disse um dos 15 coordenadores do grupo em Mato Grosso Yuri Nunes Cervo.
Saída de Ulysses
Yuri negou que Ulysses, principal nome do MBL, tenha sido expulso do grupo. De acordo com o coordenador, a saída do parlamentar ocorreu em comum acordo com os líderes do movimento, após o deputado não querer ser oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
“Eu não tenho informação de que ele foi expulso. Pelo que sei, ele saiu por vontade própria. Foi um alinhamento das duas partes. Houve um desalinhamento de ideias. Ulysses decidiu que não iria se opor ao presidente Bolsonaro e o MBL exigia um posicionamento direto”, detalhou.
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