'SEM CABRESTO' 12.11.2025 | 11h15

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Reprodução
O deputado estadual Doutor Eugênio (PSB), que pediu vista do projeto que aumenta em 6,8% nos salários dos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), votou junto ao parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e a medida deve ser levada a plenário nesta terça-feira (12). Esse já é o segundo adiamento da votação e os servidores ameaçam greve diante da demora.
Durante a reunião da CCJR, o deputado esclareceu que havia pedido o embargo do projeto, porque queria mais informações sobre a verba de custeado do aumento e não por intervenção do Palácio Paiaguás. Segundo ele, sua postura parlamentar é pautada pela independência, sem "imposição de cabresto". Apesar da justificativa, informações dão conta de que houve tratativas com o Estado para o adiamento.
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Como exemplo, o deputado lembrou à época da votação da permanência ou exclusão dos mercadinhos, em que sofreu pressão do governo para votar contra. Mas não cedeu e manteve seu posicionamento.
“Meu mandato não tem cabresto. Sou conhecido na Assembleia pela minha firmeza e independência, na época em que o desembargador Orlando Perri trouxe debate da abertura do mercadinho nos presídios, eu dei a palavra para ele. Não imaginam a pressão do Executivo para votarmos ao contrário. Eu só tenho uma palavra e não duas“, disse o parlamentar.
Apesar de negar interlocuções, Eugênio explicou que, na semana passada, o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia (União), telefonou para ele anunciando que o aumento poderia impactar R$ 1,6 bilhão do orçamento. O "fundo" para custear aumento sairia do duodécimo do TJ.
“A Casa Civil me liga e diz que o impacto da aprovação do projeto seria de R$ 1,6 bilhão caso aprovemos esse aumento. Mas, como? Se eles têm o duodécimo próprio e etc? Tenho prerrogativa de pedir vista. Se tivesse esse impacto, não tenho dúvidas que não ficaria com os investimentos ao invés do aumento”, disse.
Conforme o deputado, mudou de opinião quanto ao aumento durante uma conversa com o presidente do Judiciário, José Zuquim, que lhe explicou os valores e desmentiu que o recurso seria oriundo do orçamento estadual.
“Conversei com o Zuquim, disse a ele que estava aguardando relatório do Gallo, sobre o valor. Esse aumento afeta apenas o duodécimo do Judiciário, não tem porque ser contra. Nem sempre agradamos todos, se tem uma coisa que não tenho medo é defender nossas teses. Eu respondi a todos que me interpelaram nas redes sociais”, emendou.
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