'Não tenho obrigação de acreditar', diz Bolsonaro sobre sistema das urnas

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer apontamentos sobre as urnas eletrônicas, durante evento de apoio a candidatura de Abilio Brunini, nesta segunda-feira (15), em Cuiabá. Apesar de utilizar um tom mais moderado, o ex-chefe do Planalto declarou não ter obrigação de acreditar em quem faz o programa utilizado pela Justiça Eleitoral.

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“Se eu tivesse liberdade de expressão, eu falaria. Não tenho! Eu tenho documentos que possam colaborar com o sistema eleitoral. Você vê a Venezuela, lá tem o voto impresso e não valeu o voto impresso. Aqui no Brasil, não vou dizer que estou desconfiado, senão posso sair preso daqui. Você não pode falar em vacina e urna eletrônica”, declarou Bolsonaro.

Em Mato Grosso, as urnas confirmaram vitória do Partido Liberal (PL) em 21 prefeituras. Entre os municípios, o PL elegeu Flávia Moretti em Várzea Grande, Cláudio Ferreira em Rondonópolis e reelegeu Roberto Dorner em Sinop.

Já em Cuiabá, Abilio disputa o segundo turno contra Lúdio Cabral, do Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com Bolsonaro, é necessário aprimorar o sistema eleitoral para torná-lo mais transparente e permitir auditoria. Ele ressaltou que é essencial que a população não tenha dúvidas sobre o processo eleitoral.

No entanto, é importante lembrar que o sistema de urnas eletrônicas no Brasil já é auditável por qualquer partido político. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o sistema oferece 26 etapas de auditoria. Além disso, a urna permite a recontagem de votos, contrariando a afirmação de Bolsonaro em sua declaração à imprensa.

“Você vê, no Estado de São Paulo, foi apertadíssimo, se tivesse como auditar com toda certeza, o terceiro colocado pediria uma recontagem, mas não pede porque sabe que vai dar o mesmo. Eu pergunto a você: qual país do mundo adota esse sistema? Nós acreditamos na informática e obviamente não temos obrigação de acreditar em quem faz o programa”, declarou.