'contradições partidárias' 07.07.2022 | 14h28
allan@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Apesar do esforço para consolidar uma aliança dentro da federação partidária formada pelo PT, PV e PC do B, o deputado federal Neri Geller (PP) enfrenta certas divergências por parte de integrantes do grupo, que se recusa a abraçar seu projeto ao Senado Federal nas eleições de 2022.
Nesta quarta-feira (6), o deputado Lúdio Cabral (PT) reiterou suas críticas diante da aproximação do congressista com a esquerda em Mato Grosso e afirmou que vê o movimento como uma grande “contradição” entre o núcleo petista e bolsonarista.
“Na minha opinião isso é uma contradição, tanto para eles, que estão ligados ao bolsonarismo umbilicalmente, quanto pra gente. Isso não faz sentido porque o eleitorado deles é um eleitorado bolsonarista. Já o eleitorado nosso precisa de candidaturas que se identifiquem com as necessidades da população trabalhadora”, disse.
Em meio às articulações, a insatisfação do petista se dá principalmente porque o partido o qual Geller está filiado faz sustentação para o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no Congresso Nacional.
O parlamentar também está ligado ao agronegócio e é impulsionado pelo empresário Blairo Maggi, um dos principais produtores do Estado. Nos últimos meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dialogado com setor para se aproximar do eleitorado, principalmente em Mato Grosso.
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Por sua vez, Lúdio afirma que não vê problema no diálogo, mas condena que representantes da ala bolsonarista façam parte da chapa que o grupo Pró-Lula busca construir.
“A articulação nacional de diálogo com esse setor da economia é dever de quem está disputando a Presidência da República fazer. Agora, isso não pode reproduzir em um desenho de chapa absolutamente contraditório”, acrescentou.
Apesar do descontentamento, a situação só deve ser solucionada na próxima reunião do grupo, que vem sendo adiada pelo diretório nacional há algumas semanas. Para sacramentar a aliança, Neri tenta trazer a primeira-dama, Márcia Pinheiro (PV), para ser a sua primeira suplente na disputa ao Senado.
“Não há definição nenhuma ainda, nem de governo, nem de Senado. No caso do PT, qualquer decisão terá que ser tomada pela Executiva Estadual e isso não aconteceu ainda”, finalizou.
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