DEU EM A GAZETA 12.05.2025 | 09h12
pablo@gazetadigital.com.br
Reprodução
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), solicitou a realização de mais busca e apreensão nos equipamentos de áudio e vídeo instalados nos raios 7 e 8, da Penitenciária Central do Estado (PCE), por suspeitas de gravações de conversas entre advogados e clientes, o que violaria o segredo profissional dos advogados.
O pedido ocorre na ação que apura se realmente há grampos nos raios destinados para presos ligados às facções criminosas.
A justiça já havia determinado apreensão dos equipamentos no início de abriu e os remeteu para a Polícia Federal, por determinação do juiz Geraldo Fidelis Neto, que autorizou a operação policial após denúncia realizada pela OAB.
Agora, a Ordem quer abrir as Câmeras dos dias seguintes à busca e apreensão anterior, para saber se houve a instalação de novos equipamentos e se realmente eles captam as conversas entre advogados e presos.
O magistrado solicitou a manifestação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) antes de decidir sobre o pedido da OAB. Fedelis também solicitou a notificação da Polícia Federal, “para obtenção de informações sobre o prazo para conclusão da análise técnica do material apreendido na Penitenciária Central do Estado”.
As suspeitas da OAB ocorreram após alguns advogados desconfiarem de que estariam sendo gravados entre janeiro e fevereiro deste ano.
Para a Ordem, se as denúncias forem confirmadas, seria configurada uma grave violação da garantia da inviolabilidade da comunicação entre advogado e cliente.
Já a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus-MT) garante que o sistema de câmeras da Penitenciária Central do Estado (PCE) faz apenas monitoramento de imagens e não captação de áudios. “Portanto, não procede a informação de que advogados estariam sendo monitorados durante reuniões com reeducados. A Sejus reforça que segue todas as normativas legais e que está a disposição da justiça para os esclarecimentos necessários”, disse por meio de nota após o cumprimento das buscas e apreensões de abril.
O tema sobre gravar ou não advogados ganhou grande repercussão no ano passado, quando o ex-chefe do Ministério Público de Mato Grosso, Deosdete Cruz Júnior, que atualmente é desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, afirmou que, muitas vezes, os advogados ‘usurpam’ da profissão e se transformam em verdadeiros ‘pombos-correios do crime’.
Diante disso a OAB interpelou Deosdete judicialmente, além de ter emitido nota de repúdio.
Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.
Abraao - 12/05/2025
Isso não procede, nunca teve áudios nessas câmeras. O que vejo é o crime agindo para tirar a única coisa que consegue auxiliar no combate a materiais ilícitos que são as câmeras
1 comentários