190 ANOS 06.08.2025 | 12h15
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Allan Mesquita
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), destacou em seu discurso durante a sessão de comemoração dos 190 anos do Poder Legislativo mato-grossense, todo o legado da instituição durante várias legislaturas, e principalmente de seus representantes.
“Nesses quase dois séculos, o Parlamento Mato-Grossense foi muito mais que um palco de debates: foi trincheira da democracia, voz das aspirações populares e pilar da construção institucional de nosso Estado. Por aqui passaram homens e mulheres que, com suas limitações e virtudes, deixaram um legado de luta, serviço e dedicação à causa pública”, disse.
Citando o Papa Francisco e o poeta mato-grossense Manoel de Barros, Russi disse que à ALMT não vive apenas de suas glórias antigas, mas que tem se destacado em cada legislatura, através de suas Comissões, Audiências Públicas e de cada cidadão.
Confira na íntegra:
"Senhoras e senhores,
Autoridades presentes,
Querido povo mato-grossense,
Hoje, neste 6 de agosto de 2025, este Parlamento se veste de memória, de gratidão e de esperança. Celebramos 190 anos de história da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso — a mais antiga casa parlamentar do Centro-Oeste brasileiro, e uma das mais antigas do país.
A Assembleia Legislativa foi instalada em Mato Grosso em 3 de julho de 1835, marcando o nascimento do Poder Legislativo na então Província. Estabeleceu-se que o parlamento seria composto por 20 deputados, com mandatos de dois anos, e que as sessões legislativas teriam duração de dois meses.
As primeiras leis aprovadas refletiam as prioridades de um território em processo de organização: tratavam da administração pública, segurança da população, fomento à agropecuária, regulação das atividades de exportação e importação, além de normas relativas à sanção e proteção dos escravizados, à organização das colônias indígenas, à estruturação dos orçamentos municipais e à preservação do meio ambiente, demonstrando desde os primórdios uma preocupação com o equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade social.
Nas páginas do tempo, esta Casa começou a ser escrita em 1835, quando o Brasil ainda era uma monarquia, e Mato Grosso uma província quase inexplorada, marcada por distâncias, por dificuldades e por vastidões. Nesses quase dois séculos, o Parlamento Mato-Grossense foi muito mais que um palco de debates: foi trincheira da democracia, voz das aspirações populares e pilar da construção institucional de nosso Estado. Por aqui passaram homens e mulheres que, com suas limitações e virtudes, deixaram um legado de luta, serviço e dedicação à causa pública.
É impossível falar desta história sem reverenciar nomes como o do José Fragelli, Rachid Jorge Mamed, Vicente Emílio Vuolo, Hélio Correa da Costa, Emanuel Pinheiro da Silva Primo, Oscar Soares, Ranulfo Marques Leal, Afro Stefanini, Renê Barbour, Dante de Oliveira, Moisés Feltrin, Sarita Baracat de Arruda, Ubiratan Spinelli e tantos outros.
Mas esta Casa não vive apenas de glórias antigas. Ela se mantém viva a cada legislatura, em cada comissão, em cada audiência pública e, sobretudo, em cada cidadão que aqui encontra voz, amparo ou escuta.
Como disse Papa Francisco: “A política, tão criticada, pode ser uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca o bem comum.” É com essa visão — de política como serviço e caridade — que devemos celebrar os 190 anos deste Parlamento.
Não é apenas uma data. É um chamado. Um chamado à memória, para que não esqueçamos as raízes democráticas que sustentam nossas instituições. Um chamado à responsabilidade, pois somos herdeiros de uma missão nobre e inacabada. E, sobretudo, um chamado à esperança, pois ainda há muito por fazer por um Mato Grosso mais justo, mais sustentável e mais humano.
Hoje, ao celebrar os 190 anos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, celebramos também o espírito de um povo forte, corajoso, diverso e trabalhador. Um povo de fé e que ajuda diuturnamente a construir um grande estado plural e inclusivo. Celebramos cada servidor desta Casa, cada cidadão que nela encontrou eco, cada legislador que aqui se sentou com dignidade e compromisso.
E parafraseando o nosso imenso Manoel de Barros, que tão bem soube traduzir a alma mato-grossense, aprendemos que “o olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê”.
Que este momento seja de reflexão, onde possamos vermos nossa história, revivermos nossos passos e imaginarmos novos caminhos — sempre com o povo no centro de tudo. Sempre buscando o bem comum e a prosperidade.
Que os próximos 190 anos sejam ainda mais democráticos, mais transparentes e mais próximos das reais necessidades e aspirações do nosso querido povo mato-grossense. Viva o Parlamento! Viva Mato Grosso! Viva a democracia! Muito obrigado!"
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