pedido arquivado 02.10.2025 | 15h11
allan@gazetadigital.com.br
Assessoria
Vice-presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Maysa Leão (Republicanos) disse que “interesses políticos” tentaram silenciá-la, após a sessão plenária que engavetou um pedido de cassação contra ela nesta quinta-feira (2). A parlamentar foi acusada de expor indevidamente uma menor, vítima de estupro, durante uma audiência na Casa de Leis.
“Foi duro. Eu vejo que existe sim um interesse político em me silenciar e me diminuir, mas dizem que faz parte do jogo. Eu não jogo o jogo dessa forma. Ficou muito claro para mim que a política é um ambiente inseguro e a gente tem que estar 100% atento o tempo todo”, disse, emocionada.
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A polêmica se deu após uma jovem de 16 anos relatar na tribuna ter sido vítima de abusos sexuais praticados por três parentes, pai, tio e padrasto, desde os 5 anos de idade. A fala, transmitida ao vivo pelo canal da Câmara no YouTube, gerou polêmica pela exposição da menor e levou a exclusão posterior do vídeo. Segundo a própria vítima, além das violências sexuais, ela era dopada com drogas ilícitas. Atualmente, a adolescente faz acompanhamento psicológico, é assistida por uma assistente social e tem amparo de familiares. Os acusados estão presos.
Diante da repercussão, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) chegou a abrir um inquérito para apurar a conduta da vereadora, mas o procedimento foi arquivado pela Vara da Infância e Juventude, que não constatou dolo nem prejuízo à integridade da adolescente.
Nesta quinta-feira (02), o pedido de cassação apresentado contra também foi arquivado. A denúncia, protocolada pela balconista Katiucia Micheli Vaz, acusava a parlamentar de quebra de decoro por ter permitido a fala da vítima.
“Foram dias difíceis, mas o arquivamento por unanimidade mostra que, acima de diferenças de base ou oposição, esta Casa não será injusta. Podemos divergir em projetos e ideias, mas não podemos ser justiceiros. Hoje, a Câmara deu um recado de maturidade política e compromisso com a justiça”, disse.
Ao final,Maysa Leão ainda reforçou que não sabia a idade da participante e foi surpreendida pelo relato. Segundo ela, interromper a jovem seria uma forma de revitimização.
“A gente tá aqui para aprender. No meu entendimento e no entendimento da maior parte da sociedade, tratando-se de menores de idade, eles não podem ser ouvido e pronto, acabou. E aí a gente aprendeu com isso, que existe um dispositivo chamado escuta protetiva, a gente vai transformar isso aqui num projeto da casa, a gente vai mudar o regimento interno, estabelecer uma escuta protetiva para que não aconteça com outros vereadores e também para que a gente não faça desse episódio um momento de silenciar quem tem o direito de falar desde que protegido sem a transmissão no YouTube”, disse.
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