pivô de acusações 20.03.2025 | 11h46
pablo@gazetadigital.com.br
Reprodução
A moção de aplausos dada no ano passado a um faccionado de uma organização criminosa pela Câmara de Vereadores de Cuiabá voltou à tona com a morte do homenageado, nesta quinta-feira (20), durante a Operação Aqua Ilícita, que mira uma quadrilha especializada em extorsão e lavagem de dinheiro. A placa com a honraria foi achada na casa onde Gilmar Machado da Costa residia.
Conhecido como "Gilmarzinho" foi pivô de uma polêmica durante a disputa da Mesa Diretora da Câmara no final do ano passado, quando o vereador Jeferson Siqueira (PSD) se lançou como candidato à presidência do parlamento cuiabano, e foi acusado receber dinheiro do crime organizado.
Na época, Siqueira criticou a denúncia e até propôs uma forma de analisar os currículos dos homenageados, já que ele não sabia do passado de "Gilmarzinho", que tinha condenação de mais de 6 anos de prisão por tráfico. O caso fez Jeferson recuar da disputa. Gilmarzinho morreu durante a operação, após entrar em confronto com policiais que cumpriam mandados nesta quinta-feira.
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“Parabéns aos guerreiros da polícia pelo trabalho, aqui na câmara iremos continuar homenageando pela ação, não vamos admitir faccionados sendo exaltados em nossa capital!”, disse o vereador Rafael Ranalli (PL) em suas redes sociais. O parlamentar foi um dos que acuso colegas de receber apoio do crime organizado durante campanha política, contudo não apresentou provas nem nomes em suas denúncias.
“Vagabundo, Gilmar, que foi homenageado por essa Casa. Menos um vagabundo em Cuiabá. Parabéns aos policiais militares, que serão homenageados aqui”, completou Ranalli.
O vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania) também comentou o caso. “Eu reprovo, condeno, desaplaudo a moção de aplausos concedido feito a Gilmar Machado da Costa. E cumprimento as instituições que estão defendendo nossas comunidades”, declarou.
Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (20), Jeferson Siqueira afirmou que não existe na Câmara um regramento mais detalhado para analisar os homenageados. “Foram 400 pessoas homenageadas e eu apenas assinei. O pedido partiu da comunidade e eu apenas assinei. Agora, se ele era ligado ao crime organizado, eu não sabia, eu não sei. Mas querem usar isso para me manchar, mas não vão conseguir porque eu sou trabalhador”, pontuou o parlamentar.
Na época da Moção de Aplausos, a justifica foi de que "Gilmarzinho" prestou serviços comunitários. “Pelo trabalho que vem realizando junto àquele bairro, em que não mede esforços para auxiliar, amparar e prestar inúmeros serviços à comunidade, sempre atuando em defesa dos reais interesses da coletividade”, diz trecho da moção.
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