situação insustentável 09.04.2025 | 09h00
Antônio Cruz / Agência Brasil
ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), pediu demissão nesta terça-feira, 8, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de desvio de emendas parlamentares.
Juscelino disse que não quer criar constrangimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sairá antes de a Corte apreciar a acusação, a primeira do procurador-geral, Paulo Gonet, contra um integrante do primeiro escalão de Lula.
Antes de viajar para Tegucigalpa, capital de Honduras, onde participará hoje da 9ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lula conversou com Juscelino por telefone e disse que gostaria de falar com ele pessoalmente.
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No início da tarde, o presidente falou novamente com o ministro e, na ligação, pediu que apresentasse a carta de demissão. Lula afirmou que era melhor ele se concentrar na sua defesa.
Horas depois, Juscelino fez o que Lula mandou. ‘Hoje (ontem) tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública.
Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu desligamento do cargo de ministro das Comunicações‘, afirmou Juscelino em sua carta de demissão.
O União Brasil indicou o líder do partido na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), para o lugar de Juscelino.
O assunto foi tratado durante almoço ontem entre Juscelino, Fernandes, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (AP), e do União Brasil, Antônio Rueda, além do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil). Alcolumbre e o deputado Elmar Nascimento (BA) - ambos do União Brasil - foram padrinhos da indicação de Juscelino.
Em conversas reservadas, interlocutores de Lula já afirmavam que a situação de Juscelino era insustentável e aguardavam sua demissão. O petista virou refém de seu próprio discurso porque disse, no ano passado, que o auxiliar seria afastado caso fosse alvo de acusação do Ministério Público Federal.
Quando era deputado, Juscelino destinou emendas parlamentares à prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, cidade que era administrada por sua irmã Luanna Rezende.
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