17.10.2016 | 00h00
No domingo, 30 de outubro, será realizado o segundo turno das Eleições no município de Cuiabá. Os vereadores que irão compor a Câmara Legislativa Municipal da cidade já estão definidos, resta agora escolher o próximo prefeito e vice-prefeito da capital de Mato Grosso.
As eleições municipais têm importância central na vida de todos. Vivemos no Município e não no Estado ou na União. A cidade é o espaço em que se dá, de fato, a vida cotidiana das pessoas. É neste lugar onde são aplicadas as políticas públicas que mais influenciam a vivência dos cidadãos, e que ao final terão forte influência sobre como os munícipes se percebem e se relacionam entre si. Importantes ações relacionadas à saúde, ao meio ambiente, educação, mobilidade urbana e muitas outras são executados em cada um dos municípios brasileiros.O geógrafo Milton Santos (2004) considera que a cidade, com sua gama infinita de situações, é uma fábrica de relações humanas.
O prefeito municipal, como representante do poder executivo,é quem lidera a administração da cidade, empreende a gestão da coisa pública, controla o erário, concebe, planeja e concretiza obras, isto é, coloca em movimento todo o seu plano governo. Ao lado destas funções gerenciais, ainda compete ao prefeito estabelecer o diálogo político com a Câmara dos Vereadores e sancionar/vetar as leis aprovadas em votação pelos legisladores municipais. É de fundamental importância a figura do prefeito como chefe do poder executivo municipal. O voto consciente nas eleições em que se escolhe o alcaide da cidade representa um dos mais importantes momentos do exercício da cidadania, já que sua designação tem consequências diretas na qualidade de vida de todos que habitam a cidade.
A campanha eleitoral de 2016 ocorre após um longo processo de impeachment presidencial que abalou o sistema político do país. Ademais, o processo de polarização e radicalização ideológica que os brasileiros experimentam, e que vem desde a eleição presidencial de 2014, causa uma sensação de cansaço nos eleitores. Esta realidade tem feito crescer o desinteresse das pessoas pelo sufrágio eleitoral, e reforça a sensação de ineficácia da participação popular na política. Por outro ângulo, o escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato, que envolve praticamente todos os grandes partidos políticos, também reduz a importância das siglas neste pleito.E ainda, o contexto econômico em crise no país, caracterizado por indicadores como inflação e desemprego, também é desfavorável aos dirigentes políticos, já que em grande medida se atribui a eles a responsabilidade por esta situação.É difícil negar que exista um sentimento de decepção em relação à classe política brasileira.
No próximo dia 30 o cidadão terá um papel decisivo no destino de Cuiabá. Mesmo sendo um momento histórico difícil, é necessário assumir responsabilidade, comparecer às urnas e fazer a opção de modo consciente e com seriedade. É preciso acreditar ser possível melhorar a vida em Cuiabá.
Daniel Almeida de Macedo é Mestre em Direito Internacional pela Universidade do Chile e pesquisador na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
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