Publicidade

Cuiabá, Quarta-feira 10/09/2025

Cidades - A | + A

amazônia e cerrado 13.02.2025 | 16h45

Mato Grosso tem 2 municípios com maior desmatamento ilegal

Facebook Print google plus

Sema-MT

Sema-MT

Levantamento realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) mostra que cerca de dois terços do desmatamento registrado na Amazônia e no Cerrado entre agosto de 2023 e julho de 2024 foram ilegais. O documento foi divulgado pelo ICV nesta quinta-feira (13) e apontou que Nova Maringá (400 km a Médio Norte) e Colniza (1065 km a Nordeste) estão entre os 10 municípios com mais derrubada de vegetação fora da lei.

 

O estudo considerou dados de monitoramento do Projeto PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e cruzou com informações sobre autorizações de desmate do Sinaflor e de bases estaduais.

 

Leia também - Entorno de unidades escolares ganha revitalização nas sinalizações

 

Os resultados indicam a necessidade de fortalecimento de um sistema único de autorizações de desmatamento, o que vai ao encontro da determinação recente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, pela emissão das autorizações por meio do Sinaflor.

 

Ilegalidade
Na Amazônia, 90,8% do desmatamento registrado no período não foi autorizado. Já no Cerrado, a taxa cai para 51,1%. A soma do desmate em ambos os biomas revela que 67,5% da eliminação de vegetação nativa foi realizada de forma não autorizada.

 

Os 10 municípios com mais autorizações de desmatamento estão na região Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), formada majoritariamente pelo Cerrado. São eles: Balsas (MA); São Desidério (BA); Ponte Alta do Tocantins (TO); Rio Sono (TO); Paranã (TO); Caxias (MA); Sebastião Leal (PI); São Félix de Balsas (MA); Pium (TO) e Loreto (MA).

 

Já os 10 municípios com mais registros de desmatamento sem autorização são: Novo Aripuanã (AM); Altamira (PA); Itaituba (PA); Nova Maringá (MT); Lábrea (AM); Porto Velho (RO); Apuí (AM); Colniza (MT); Portel (PA) e Santa Maria das Barreiras (PA).

 

Reprodução

Instituto Centro de Vida - infográfico

 

 Segundo o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinícius Silgueiro, os números revelam um cenário de alta pressão sobre a Amazônia, ainda que a taxa de desmatamento tenha sido 30% menor do que no período anterior. No Cerrado, os dados suscitam atenção em relação às autorizações de desmatamento.

 

“Esses resultados evidenciam o tamanho do desafio que é combater o desmatamento ilegal nos maiores e mais pressionados biomas brasileiros, Amazônia e Cerrado. Somados os dados de ambos os biomas, dos 10 municípios com mais desmatamento não autorizado, todos estão na Amazônia. São necessários esforços e mecanismos que inviabilizem economicamente as áreas desmatadas ilegalmente, para acabar com a lógica que aparentemente vigora, de que o desmatamento ilegal compensa”, apontou.

 

“Por outro lado, dos 10 municípios com mais desmatamento autorizado, todos estão no Cerrado. E concentrados na região conhecida como Matopiba. Esse cenário requer especial atenção ao controle e condições das autorizações emitidas, visto que a pressão que a região sofre com o avanço das áreas de produção agrícola, e considerando ainda a necessidade de redução do desmatamento de uma forma geral nos biomas brasileiros”, afirmou.

 

Sistema único

O levantamento verificou que somente em 8 dos 16 estados compostos pela Amazônia e Cerrado há uso de sistemas de autorizações de desmatamento estaduais e do Sinaflor conjuntamente.

 

Os estados que utilizam os dois sistemas são: Amazonas; Pará; Mato Grosso; Bahia; Minas Gerais; Goiás; São Paulo e Rondônia. Já as unidades com autorizações em formato adequado lançadas somente no Sinaflor são: Acre; Piauí; Roraima; Tocantins; Mato Grosso do Sul; Paraná; Maranhão e Distrito Federal.

 

Para o coordenador do programa de Transparência e Justiça Climática do ICV, Marcondes Coelho, a incerteza sobre a completude das bases prejudica o controle social dos dados e a transparência pública.

 

“O desmatamento ilegal prospera na falta de transparência. Sem a garantia de acesso a todas as autorizações de desmate, a sociedade reduz sua capacidade de fiscalizar e cobrar medidas eficazes contra o desmatamento ilegal. Isso abre brechas para irregularidades e enfraquece a fiscalização ambiental”, explicou.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Luiz Carlos - 15/02/2025

Cadê o desmatamento zero do governador, tudo balela, aprenderam com o Luladrão, mentir

Deodoro Moreira dos Santos - 15/02/2025

Luta inglória. O que foi ceifado e/ou queimado na vai voltar a ser a mesma coisa c/ possível reflorestamento. O solo não será mais o mesmo e as funções biológicas das árvores e vegetação não terão a capacidade funcional pra que o ecossistema funcione como antes. A cada dia tenho a certeza de que a maioria humana existe pra "destruir" a natureza para que haja a mudança estrutural que o planeta precisa fazer. Como já aconteceu milhões de anos atrás. Estamos aqui como passageiros. Ninguém é dono de coisa alguma.

Valdinei porfirio - 15/02/2025

Só corrigindo colniza não é nordeste do mt é região noroeste de Mato Grosso

3 comentários

1 de 1

Enquete

Está em pauta no STF o pagamento de até 6 meses de pensão pelo INSS a vítimas de violência doméstica afastadas do trabalho. Você concorda com a medida?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Terça-feira, 09/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.