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reflexos da grampolândia pantaneira 16.10.2018 | 19h40

Cabo Gerson confessa ida a boate para buscar esposa e quer evitar nova prisão

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Chico Ferreira

Chico Ferreira

O cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Corrêa Júnior confessou que descumpriu a medida cautelar imposta pela Justiça, como condição para sua liberdade, e admitiu ter frequentado uma casa noturna em Cuiabá. Gerson é réu na ação penal que investiga a existência de grampos ilegais operados pela PM em Mato Grosso, cujo esquema ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.

 

O militar teve sua prisão preventiva revogada após 10 meses de detenção, sob a condição de que não poderia se ausentar de sua casa no período noturno, entre outras medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça.

 

A acusação de que teria descumprido a medida foi feita pelo Ministério Público do Estado (MPE), que apresentou provas de que Gerson esteve no Malcom Pub entre 1h49 e 2h52 do último dia 30 de agosto. Foram incluídos dados da biometria do acusado, captura de tela do sistema de cadastro de clientes e a comanda da casa noturna confirmaram a presença do militar no local.

 

Leia mais  - Documento de casa noturna confirma presença do cabo Gerson

 

Na ocasião da acusação, Gerson chegou a rebater as informações e negou o descumprimento. Contudo, em razão das provas incluídas pelo MPE nos autos, o juiz responsável pelo processo, Murilo Mesquita, mandou a defesa se explicar e o militar decidiu se confessar.

 

De acordo com o documento, a defesa do militar, patrocinada pelo advogado Neyman Monteiro, confirmou que o cabo esteve na casa noturna, mas que foi somente buscar a esposa.

 

"Sem delongas e outras justificativas, o acusado confirma que esteve no local naquela data e no horário descrito, em companhia do casal de amigos que o acompanhou, se identificou normalmente como todos os outros clientes, sem esconder nenhuma informação, tais como: nome, CPF, RG, biometria e logrou êxito em realizar o propósito de buscar a sua esposa do local”, destacou.

 

A defesa explica que o cabo só foi até a casa noturna em razão de um desentendimento que teve com sua esposa horas antes. Após a briga, a esposa teria ido à casa noturna e, na tentativa de acalmá-la, o cabo também foi até o local.

 

"Esse episódio, infelizmente, instigou o deslocamento imediato, impensado e desastroso do acusado Cb. Gerson em companhia de um casal de amigos da família até o local (Malcon Pub) para acalmar os ânimos da sua esposa, remover as ideias desapontadas e buscá-las daquele ambiente, a todo custo. E isso de fato aconteceu".

 

Ainda segundo a defesa, os argumentos anteriormente ditos na tentativa de desfazer a ida do cabo “não serão levados adiante da defesa”, pois “proferir a verdade sempre é o melhor caminho a seguir”. Por essa razão, a defesa pediu ao juiz Murilo Mesquita que acolha sua manifestação e mantenha a liberdade do cabo Gerson.

 

A defesa solicitou ainda uma audiência de justificação para interrogar o militar e testemunhas e assegurou que a tornozeleira eletrônica do cabo apresentou problemas de localização, mas não houve violação do equipamento, conforme acusou o MPE.

 

Segundo a defesa, a tornozeleira apresentou “graves falhas” e  precisou ser substituída por outro equipamento. Desse modo, a defesa também requereu para que a Diretoria do Fórum de Cuiabá forneça registro de entrada e saída do cabo entre os dias 29 e 31 de agosto de forma a comprovar que houve problema no equipamento e impedir a nova prisão do militar.

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