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mulher morta na cama 18.11.2025 | 18h35

Decisão que determinou exame de insanidade considera laudo pericial de réu

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João Ricardo/CenárioMT

João Ricardo/CenárioMT

A decisão que reconheceu a incapacidade mental do engenheiro Daniel Bennemann Frasson, autor do feminicídio de Gleici Keli Geraldo de Souza e da tentativa de homicídio da filha de 7 anos, foi embasada em um laudo elaborado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso, que também considerou depoimentos de familiares próximos.

 

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A enteada, Caroline Fernandes,25, e a irmã dele, Fernanda Frasson, relataram episódios de confusão mental, sintomas depressivos e mudanças bruscas de comportamento nas semanas que antecederam o ataque ocorrido em junho, em Lucas do Rio Verde (a 340 km de Cuiabá).

 

O crime aconteceu enquanto Gleici dormia. Ela foi atingida por 16 facadas e não resistiu. A filha do casal recebeu 8 golpes, 4 no peito e 4 nas costas, foi socorrida em estado gravíssimo, ficou 22 dias internada em UTI e sobreviveu com sequelas.

 

A enteada, Caroline, contou à equipe médica que Daniel estava “depressivo”, agitado e com falas de menos-valia. No dia anterior ao crime, ele mostrou roupas e sapatos dizendo que “havia gastado seu dinheiro nisso ao invés de guardar”.

 

Para a jovem, ao vê-lo após o ataque, o que presenciou foi um “surto”. Ela também afirmou que o padrasto tinha bom relacionamento com a mãe e que não havia histórico de violência doméstica dentro da família.

 

Fernanda, irmã do engenheiro, relatou um quadro de deterioração progressiva. Segundo ela, Daniel apresentava insônia, tristeza intensa, discurso de ruína financeira e sintomas depressivos nos últimos 60 dias.

 

A irmã afirmou que ele contou estar ouvindo vozes que mandavam “matar esposa e filha” e chegou a alertar a cunhada para esconder facas. No dia do crime, Daniel telefonou ao irmão dizendo ter esfaqueado a família.

 

Fernanda correu até a casa e encontrou o engenheiro ensanguentado e em “choque”. A cena reforçou, para ela, que Daniel não estava em condições normais de consciência quando cometeu o ataque contra a esposa e a criança.

 

Na avaliação psiquiátrica, Daniel relatou estar em tratamento havia 90 dias por diagnóstico inicial de Síndrome de Burnout. Ele disse ter trocado de psiquiatra 45 dias antes e informou o uso de Alpes, Inseris, Rivotril e Quetros.

 

Mesmo medicado, afirmou que dormia apenas duas horas por noite, sentia irritabilidade, tristeza, agitação e confusão mental. Disse que “não conseguia pensar direito” nem “filtrar” o que acontecia ao seu redor naquele período.

 

O engenheiro também admitiu ouvir, há cerca de 15 dias, uma voz que mandava “eu matar, matar, matar”. Afirmou que alternava entre pensamentos de autoextermínio e impulsos homicidas, apesar de manter planos futuros e viagens marcadas.

Ele negou problemas conjugais e disse que tinha “bom relacionamento com esposa e filhas”. A combinação entre sintomas graves e a manutenção da rotina contribuiu para a avaliação clínica de que havia perda de capacidade mental.

 

Ele segue preso em Sorriso, no Centro de Custódia da cidade, desde que teve alta do hospital após a tentativa de suicídio. Agora, aguarda vaga no Hospital Adauto Botelho, onde ficará internado por tempo indeterminado.

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