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caso leopoldino 21.02.2022 | 14h46

Defesa tem dois recursos com pedido de nulidade de júri

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João Vieira

João Vieira

O segundo júri popular do empresário Josino Pereira Guimarães,67, começou na manhã desta segunda-feira (21). Contudo, a defesa ainda espera que o julgamento seja anulado, visto que há 2 recursos requerendo a suspensão da audiência. O réu é acusado de mandar matar o juiz Leopoldino Marques do Amaral, em 1999, no Paraguai.


Leia também -Josino Guimarães chega para novo júri e defesa acredita em absolvição

 

Segundo o advogado João Nunes da Cunha, um dos recursos tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está em pauta para apreciação na terça-feira (22). Já o segundo apelo está no Tribunal Regional Federal (TRF) e não tem data para julgamento.


“Não foi ele que mandou. Não tem provas, nada de novo. O que tinha era uma lista de suspeitos e o sargento Jesus o apontou sem qualquer prova”, garante a defesa.


O júri que começou nesta segunda deve seguir até quarta-feira (23). Neste primeiro dia, compareceram as testemunhas de defesa do acusado, entre eles o Secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante. Ele não falou com a imprensa.


O réu também não deu declarações, assim como seus dois filhos que acompanham o julgamento.


O processo tramita em segredo de Justiça e a imprensa não teve acesso ao plenário onde ocorre o julgamento.

 

Questionadas, as assessorias do Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal não justificaram o motivo do sigilo.


Já o advogado João Cunha explicou ao que o pedido foi feito pelo MPF por conta de provas unidas aos autos.


“O MPF pediu porque foram reunidos aos autos quebra de sigilo telefônico do fascinora Jesus e do Josino. Foi mais de um ano de conversas capturadas, capazes de descobrir crimes de Jesus que jamais foram sequer investigados. Não há nenhuma relação dele com Josino, nem do Josino com o crime”, explica o jurista.


Não foi detalhado o teor das conversas ou crimes, porém o vazamento do conteúdo poderia expor autoridades políticas envolvidas com o criminoso Jesus e delitos que ainda demandam apuração.

 

O caso
Josino é empresário no ramo de venda de maquinários agrícolas. Ele mantém endereços em Cuiabá e Rondonópolis. Além disso, seria intermediador de venda de sentenças de magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) e réus.


Pouco antes de ser morto, o juiz Leopoldino havia feito denúncias de venda de sentenças no Poder Judiciário e acusado Josino como o intermediador do comércio de decisões judiciais. O caso foi apurado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário, que tramitou no Senado.


O corpo do magistrado foi encontrado em Concepción, no Paraguai, próximo da fronteira com o Brasil. Havia marcas de dois tiros e o a vítima estava carbonizada, contudo documentos foram encontrados próximo a ele, o que ajudou na identificação.

 

Os restos mortais foram trazidos para Mato Grosso e enterrados em Poconé. Desde que passou a tramitar a investigação, houve duas exumações para exame de DNA.


Conforme informações, o juiz havia sido visto pela última vez próximo a um hotel de Várzea Grande. Ele teria sido sequestrado e o corpo desovado na fronteira.


Além de Josino, são acusados de envolvimento no crime a escrevente e então assessoria da vítima, Beatriz Árias, e o tio dela Marcos Peralta. Ela a 12 anos de prisão, em maio de 2001. Ele morreu em uma cadeia paraguaia, em 2005, sem ser julgado. Ele seria o autor dos disparos.


O sargento da Polícia Militar, José Jesus de Freitas, era amigo de Josino e disse em depoimento que recebeu proposta de R$ 100 mil do empresário para matar o juiz.


Jesus foi morto a tiros, em 2003, pelo o ex-cabo da PM Hércules Araújo Agostinho e ex-soldado Célio Alves de Souza, ambos pistoleiros do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

 

Josino foi submetido a júri popular em 2011 e absolvido por falta de provas. O MPF ingressou com recurso e, agora, há novo julgamento.

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