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DESGASTES NA CORTE 24.06.2025 | 11h13

Em visita a MT, Campbell defende "expurgar” juízes corruptos para proteger magistratura

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Fred Moraes e Pablo Rodrigo

redacao@gazetadigital.com.br

Chico Ferreira

Chico Ferreira

O corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, durante sua visita a Cuiabá, durante a inspeção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), defendeu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) intensifique o trabalho de investigação para ‘expurgar’ magistrados para identificar e remover aqueles que não honram a toga.    

 

A fala de Campbell causou polêmica diante dos desgastes de alguns membros da Corte Estadual com o afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, por suspeita de venda de sentenças envolvendo o advogado Roberto Zampieri e o lobista Andreson Gonçalves de Oliveira, preso durante a Operação Sisamnes.  

 

Durante o discurso de abertura do evento, o ministro reforçou o papel do CNJ na garantia da justiça e na salvaguarda da integridade da magistratura brasileira. Ele reforçou que o órgão existe para assegurar que "aquele que tem o bom direito saia com ele nas mãos", mas também para "expurgar da Magistratura Nacional aqueles que se hospedaram indevidamente nela." Além disso, ponderou que cabe o CNJ fiscalizar a conduta dos magistrados.  

 

“Não nos cabe nenhum protagonismo político. Não nos cabe fazer qualquer proselitismo político. Não nos cabe brincar com a honra de ninguém, sobretudo com a honra da Magistratura Nacional. Nós temos o dever de expurgar da Magistratura Nacional aqueles que se hospedaram indevidamente nela. A imensa maioria dos quadros da Magistratura Nacional é composta por pessoas, probas, corretas. E, incomparavelmente, nenhum magistrado no Brasil, no mundo inteiro, possui a responsabilidade social e técnica que o magistrado brasileiro possui”, defendeu.

 

Com cerca de 18 mil juízes e juízas em todo o país, o conselheiro destacou que, ao longo de 20 anos, menos de 150 magistrados foram punidos pelo CNJ. Esse número, segundo ele, não reflete falta de fiscalização. Pelo contrário, na função de Corregedor Nacional, o CNJ tem autonomia para iniciar investigações sem necessidade de representação externa, demonstrando proatividade na zeladoria da conduta.

 

“Em nosso país há 18 mil juízes e juízas. E, ao longo destes 20 anos, nós não chegamos à casa de 150 magistrados punidos pelo Conselho Nacional de Justiça. E não se diga que foi por falta de acesso. Por quê? Porque eu, como Corredor Nacional, que sou hoje, não preciso de representação de ninguém para dar início a uma investigação”, declarou.  

 

A visita   Campbell está Cuiabá para iniciar a inspeção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nesta terça-feira (24).  Serão inspecionados os gabinetes dos desembargadores Carlos Alberto Alves da Rocha, Marilsen Andrade Addario, Maria Helena Gargaglione Póvoas, Sebastião Barbosa Farias, Dirceu dos Santos, Rui Ramos Ribeiro, Anglizey Solivan de Oliveira, Clarice Claudino da Silva, Juvenal Pereira da Silva, Jones Gattass Dias, Márcio Vidal, Orlando de Almeida Perri, Jorge Luís Tadeu Rodrigues e Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo.   

 

Conforme divulgado pela Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça, a inspeção ocorrerá entre os dias 24 e 27 de junho para avaliar o funcionamento dos setores administrativos e judiciais da instituição. Os trabalhos ocorrerão das 9h às 18h, e cada setor deverá manter ao menos um juiz e um servidor à disposição para fornecer informações à equipe da Corregedoria Nacional.

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