operação cleópatra 27.11.2024 | 11h45
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Juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia e tornou Taiza Tosatt Eleoterio, Ricardo Mancinell Souto Ratola e Diego Rodrigues Flores réus por crimes como lavagem de dinheiro e pirâmide financeira. Eles foram alvos da Operação Cleópatra, que mirou um esquema que causou prejuízo estimado de R$ 2,5 milhões às vítimas.
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A Operação Cleópatra foi deflagrada pela Delegacia do Consumidor no último dia 31 de outubro. Taiza foi presa com seu companheiro Wander Aguilera Almeida ao desembarcar no aeroporto de Sinop. Ela foi acusada de atuar no esquema junto com o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola (ex-marido dela) e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) move uma ação penal contra Taiza, Ricardo e Diego acusando-os de cometer crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crime contra economia popular (pirâmide financeira).
Ao analisar o caso, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra considerou que as provas mencionadas na denúncia do MP são elementos suficientes para justificar a ação penal. Com isso ele recebeu a denúncia.
“Em análise à peça acusatória, nota-se que a inicial atende ao disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal (...), pelo que recebo a denúncia oferecida em face dos réus supracitados, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, pontuou o magistrado.
Operação Cleópatra
Foram cumpridas 6 ordens de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva e bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas em 4 municípios, sendo eles: Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.
Como a polícia destacou, nas redes sociais, Taiza Tosatt Eleoterio da Silva se mostrava como pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.
O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.
Com base nos elementos apurados no inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor (Decon), o delegado Rogério Ferreira representou pelas ordens judiciais contra os investigados.
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