caso isabele 09.06.2022 | 09h28
jessica@gazetadigital.com.br
Arquivo Pessoal
“Essa decisão é incabível e precisa ser revista”, afirma Allan Araújo, sobre a soltura da menor condenada por matar Isabele Guimarçaes Ramos, em 2020. O homem é tio da vítima e explica que a família não pode recorrer da sentença, contudo vai apelar ao Ministério Público Estadual (MPE) para que tente reverter a determinação judicial.
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O pedido de liberdade foi avaliado na tarde de quarta-feira (8), pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Os desembargadores mudaram o entendimento em relação ao homicídio, atenuando de doloso para culposo, ou seja, a ré não tinha intenção de matar.
O processo está sob segredo de Justiça e ainda não há informações divulgadas sobre os argumentos que convenceram os magistrados para a mudança e conceder liberdade à adolescente, que está presa desde janeiro de 2021 na ala feminina do Pomeri.
“Não tenho nem palavras para descrever o que sentimos hoje. O que a Patrícia (mãe) disse ontem resume bem: mataram a Bele pela segunda vez”, desabafa o tio.
Segundo o familiar, foi requerida audiência com o procurador de Justiça Paulo Prado e a reunião deve ocorrer ainda nesta quinta-feira (9). A condenada foi solta logo após a decisão e já dormiu em sua casa.
Desafabo nas redes
“Minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples, mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada e a atiradora era perita nisso...foi morta sem qualquer chance de defesa!!”, desabafou a empresária Patrícia Guimarães Ramos na sua conta pessoal no Instagram.
“Desqualificar esse crime de doloso para culposo é inconcebível!! Não vou me calar diante do tamanho absurdo!!”, finalizou Patrícia, que atuou como assistente de acusação durante o processo.
O caso
Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho de 2020, no Alphaville, em Cuiabá, quando estava na casa da melhor amiga, uma adolescente também de 14 anos na época do crime.
A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.
A investigação durou 50 dias e autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada no Lar Menina Moça.
O processo está em andamento na Justiça e corre em sigilo. O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o empresário Marcelo Martins Cestari e a esposa Gaby Martins Cestari, pais da adolescente acusada de matar Isabele, pelos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade.
Caso condenados, eles podem pegar mais de 15 anos de prisão
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