operação ragnatela 24.07.2024 | 18h04
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Câmara de Cuiabá
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, intimou o Ministério Público de Mato Grosso para que se manifeste sobre qual medida será tomara com relação ao vereador Paulo Henrique (MDB). O pedido foi feito na decisão em que recebeu a denúncia contra 14 alvos da Operação Ragnatela, que investiga a realização de shows em casas noturnas de Cuiabá para a prática de lavagem de dinheiro em benefício da facção criminosa Comando Vermelho. O parlamentar, apesar de citado, não foi denunciado.
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A Operação Ragnatela foi deflagrada em 5 de junho. O parlamentar foi alvo de busca e apreensão naquele dia e teve o celular e um veículo Jeep Compass apreendidos pela equipe da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT), sob a suspeita de ser o interlocutor entre a facção criminosa e agentes públicos.
De acordo com as investigações, o parlamentar receberia benefícios financeiros do grupo. O coordenador do cerimonial da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Souza Leal, dos 14 denunciados que se tornaram réus após denúncia do MP, foi indicação de Paulo Henrique para o cargo. Ele já foi exonerado.
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, ao receber a denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MP, pontuou que o órgão deixou de denunciar os supostos integrantes do “Grupo G12”: Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Everton Marcelino Muniz, Renan Diego dos Santos Josetti, Stheffany Xavier de Melo Silva e Vinicius Pereira da Silva.
O magistrado então intimou o órgão para que se manifeste sobre o eventual arquivamento ou instauração de inquérito complementar contra eles. Pediu também informações com relação ao parlamentar, que não foi denunciado.
“Na mesma oportunidade, deverá o Ministério Público manifestar-se quanto ao investigado Paulo Henrique de Figueiredo Masson, indicando, de forma igualmente fundamentada, qual a medida adequada”, determinou.
Operação Ragnatela
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) prendeu na manhã do dia 5 de junho um total de 8 pessoas e cumpriu 36 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e no Rio de Janeiro contra membros do Comando Vermelho que usavam casas noturnas em Cuiabá para lavar dinheiro do crime.
Ao todo, cerca de 400 policiais cumpriram as ordens de prisão e de busca e apreensão. Houve ainda sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.
As investigações apontaram, por exemplo, que os criminosos que participavam da gestão das casas noturnas em Cuiabá, como o Dallas Bar, utilizavam a estrutura para fazer show de cantores conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Os acusados repassavam ordens para não que não fossem contratados alguns artistas de outros estados, com influência em outras organizações criminosas rivais, sob pena de represálias da facção.
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