vai ao tj 29.04.2024 | 09h50
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais, João Francisco Campos de Almeida manteve a decisão que negou o pedido de prisão do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, investigado por desmate químico no Pantanal Mato-Grossense, em áreas que totalizam 81 mil hectares. O magistrado encaminhou o recurso do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) à instância superior da Justiça.
Leia também - STF nega recurso de sindicato que pedia adicional de fronteira a servidores federais
O MP entrou com um recurso em sentido estrito contra a decisão e o juiz determinou que o pecuarista apresentasse sua defesa. Após as devidas manifestações, o magistrado acabou mantendo a decisão que negou a prisão, por entender que não há nada irregular nela.
“Reapreciando a matéria [...], não vislumbro o desacerto da recorrida decisão e, estando presentes os requisitos intrínsecos e extrínsecos do recurso, mantenho-a em seus próprios fundamentos”.
O juiz ainda considerou que “há necessidade de formação por instrumento do aludido recurso” e, com isso, determinou o encaminhamento do recurso do MP ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O caso
A área abrangida pelo despejo criminoso de agrotóxicos para desmatamento químico está compreendida em 81.223,753 hectares dos imóveis rurais de propriedade do investigado, integralmente inseridas no bioma Pantanal – em região que deveria ser ícone na proteção ambiental por se constituir em Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera.
Durante as investigações conduzidas pelas equipes da Dema e da Sema, foram realizadas coletas de informações fiscais, financeiras, georreferenciada e de campo e também mapeamentos dos imóveis rurais onde houve o dano ambiental com as ações de desmatamento, degradação ambiental e poluição por uso irregular de defensivos agrícolas. Imagens de satélite também auxiliaram nas investigações.
A análise de dados fiscais realizados pelo Núcleo de Inteligência da Dema consignou que, no período de 1º de fevereiro de 2021 a 8 de fevereiro de 2022, foram adquiridos agrotóxicos de várias distribuidoras, destinados à propriedade investigada. Somados, os insumos totalizam mais de R$ 9,5 milhões.
Nas buscas realizadas em março de 2023, foram encontradas diversas embalagens dos produtos químicos e agrotóxicos, confirmando a autoria e causa entre o desfolhamento das espécies nas áreas das propriedades rurais do investigado e o emprego de substâncias químicas hábeis a ocasionar o dano ambiental registrado. As amostras coletadas na vegetação e nos sedimentos detectaram a presença de quatro herbicidas: imazamox; picloram; 2,4-D e fluroxipir.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.
João - 29/04/2024
Está justiça e conivente mesmo
Rodrigo - 29/04/2024
Esse é o brasil 81 mil ha no Pantanal o cara não fez d má fé , um pequeno proprietário tira cascalho pra arrumar estrada e tem sua área embargada kkk brasil
Firmo Oliveira filho - 29/04/2024
Vai o cidadão derrubar um arvoredo que está prestes a tombar na sua casa
Silva - 29/04/2024
Pelo amor de Deus seu juiz, Isso pode ? Agente queima no bairro um pouquinho de folha seca e o fiscal vem, o fazendeiro mata 81.200 hectares de mata e não acontece nada. É por isso que ninguém acredita em lei. É um teatro.
Jovane amorim - 29/04/2024
Esse Juiz ele se faz de tocha. O cara desmatou 81 Mil hectares. O MP entrou com um recurso em sentido estrito contra a decisão e o juiz determinou que o pecuarista apresentasse sua defesa. Após as devidas manifestações, o magistrado acabou mantendo a decisão que negou a prisão, por entender que não há nada irregular nela. Esse foi o entendimento do Juiz. Cara q vergonha do poder Judiciário. Como uma pessoa dessa vira Juiz. O cara Mata o Pantanal e fica por isso mesmo. Juiz de merda sério mesmo me perdoe vossa excelência mas o senhor não deviria está nesse comarca...
Alexandre Ázera - 29/04/2024
Uai! Este Juiz tem "rabo preso" com este pecuarista??? Só pode, para defender um transgressor desta proporção! Prendam o Juiz também. Neste angú "tem caroço".
6 comentários