BUSCAVA LIBERDADE 27.01.2025 | 14h12
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Juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou mais um pedido de substituição da prisão de Paulo Witer Farias Paelo, o WT, por medidas cautelares. Ele foi um dos alvos da Operação Apito Final, que mirou uma organização responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A magistrada considerou que WT é “homem de confiança” de Sandro Silva Rabelo, o ‘Sandro Louco’, o chefe da facção criminosa Comando Vermelho.
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A defesa de Paulo Witer pediu a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, sob o argumento de que foi concedida a liberdade provisória a outros réus da Operação Apito Final, que tinham maus antecedentes.
“O fato de o acusado ter sido denunciado pelo crime de lavagem de capitais e organização criminosa não justifica sua manutenção na prisão, visto que todos os réus foram denunciados pelos mesmos crimes e tiveram suas liberdades restituídas”, argumentou, afirmando ainda que o uso de tornozeleira eletrônica seria suficiente para garantir a ordem pública.
Ao analisar o caso, no entanto, a magistrada considerou o risco de reincidência no crime, sendo que a facção da qual ele é acusado de fazer parte tem forte influência no bairro Jardim Florianópolis, e WT é tido como “ídolo” de jovens daquela região, que inclusive organizaram uma queima de fogos quando o réu foi solto em outra ação.
“É certo que a prisão preventiva do réu deve ser mantida, eis que, conforme decisão que decretou sua prisão, Paulo Witer é ‘homem de confiança de ‘Sandro Louco’, denominado ‘líder supremo’ do Comando Vermelho. Paulo ‘Ita’ é também conhecido como ‘Fiel Coroa’, em alusão a sua fidelidade à organização criminosa, o que lhe rendeu a ascensão na hierarquia da facção após sua soltura, sendo o atual tesoureiro/contador geral e responsável por toda a contabilidade da ORCRIM no Estado de Mato Grosso’”, destacou a juíza.
Além disso, foi apontado que Paulo Witer foi preso na Operação Apito Final quando cumpria pena de regime semiaberto, com uso de tornozeleira. A magistrada esclareceu, também, que a situação de WT é diferente da dos demais réus, já que ele ocupa posição de liderança.
“Não fosse suficiente, o risco de reiteração delitiva mostra-se evidente, eis que o réu possui 6 condenações ativas, pela prática dos crimes de roubo, lavagem de capitais e organização criminosa que, somados, ultrapassa 50 anos de condenação”, disse a juíza ao negar o pedido de revogação da prisão de Paulo Witer.
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