R$ 200 mil por execução 06.06.2025 | 16h09
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
João Vieira
A Justiça decidiu pela manutenção da prisão do casal Julinere Goulart Bastos e César Jorge Sechi, apontados como os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, 72, em julho de 2024 em Cuiabá. A decisão é da juíza Edna Coutinho, que atua no Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
O casal está preso desde 9 de maio deste ano, quando a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou mais um desdobramento da Operação Office Crimes - A Outra Face, e cumpriu os mandados de prisões temporárias, além de busca e apreensão domiciliar em Primavera do Leste (231 km ao Leste de Cuiabá) contra os alvos, que respondem por homicídio qualificado.
Conforme noticiou anteriormente o , as ordens foram cumpridas em Primavera do Leste, na casa onde marido e mulher moram, além de outra residência, que fica em outro ponto da cidade. Foi informado que a DHPP teve acesso a informações e fatos relevantes, que confirmaram outras provas sobre a identificação dos autores da execução, dos intermediários e dos mandantes.
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As investigações apontam que o assassinato de Nery foi motivado por disputa de terras e que o valor para que o advogado fosse executado seria de R$ 200 mil. No entanto, a família de Renato não acredita nesta versão e pensa que o valor pode ser ainda maior para ser dividido entre todos os envolvidos. Para os familiares de Nery, o casal teria desejo de vingança por terem sido despejados de terras que ocupavam ilegalmente e pertenciam ao advogado, que as recebeu após vencer uma causa na Justiça e ficar com parte em pagamento por honorários.
O pistoleiro Alex Roberto de Queiroz Silva, acusado de executar o advogado, confessou a autoria do crime após sua prisão no dia 6 de março. Em depoimento à polícia ele admitiu participação na execução e declarou que desde o início sabia que o crime foi a mando de um casal de fazendeiros de Primavera do Leste.
A investigação do homicídio ocorrido em julho de 2024 teve desdobramentos e a abertura de inquérito complementar para investigar os mandantes do assassinato, que resultou na prisão da comerciante do ramo joalheiro Julinere Goulart Bastos e do marido, o empresário do agronegócio, Cesar Jorge Sechi.
O homicídio
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho de 2024, na frente de seu escritório, na avenida Fernando Correa, na Capital. O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas foi a óbito horas após o procedimento médico.
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