DANO AMBIENTAL 12.04.2025 | 10h03
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) move mais uma ação contra o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, apontado como responsável pelo desmate químico de mais de 80 mil hectares de 11 propriedades no Pantanal. Ele já responde a outros processos por crimes ambientais.
A nova ação civil pública sobre dano ambiental foi ajuizada na quarta-feira (9), na Vara Especializada em Ações Coletivas. Ele já respondia a outras ações com o mesmo tema, após ter sido alvo da Operação Cordilheira, deflagrada em abril de 2024 e que apurou, além do desmate químico ilegal, o secamento de 120 metros de curso d'água e poluição de corixo.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) chegou a pedir a prisão preventiva de Claudecy, mas a Justiça manteve o direito dele responder em liberdade.
As 11 propriedades dele, localizadas em Barão de Melgaço, continuam bloqueadas. A Justiça nomeou um gerente para administrar as fazendas enquanto Claudecy permanecer proibido de exercer atividades econômicas nas áreas.
O caso
Claudecy Oliveira Lemes foi alvo de uma denúncia por desmatamento químico. A área onde ocorreu despejo criminoso de agrotóxicos está compreendida em 81.223,753 hectares, integralmente inseridos no bioma Pantanal, em imóveis de propriedade do investigado.
Durante as investigações da Dema e da Sema, foram realizadas coletas de informações fiscais, financeiras, georreferenciada e de campo, além de mapeamentos dos imóveis rurais onde houve o dano ambiental com as ações de desmatamento, degradação ambiental e poluição por uso irregular de defensivos agrícolas. Imagens de satélite também auxiliaram nas apurações.
A análise de dados fiscais realizados pelo Núcleo de Inteligência da Dema verificou que, no período de 1º de fevereiro de 2021 a 8 de fevereiro de 2022, foram adquiridos agrotóxicos de várias distribuidoras. Somados, os insumos totalizam mais de R$ 9,5 milhões.
Nas buscas realizadas em março de 2023, foram encontradas diversas embalagens dos produtos químicos e agrotóxicos, confirmando a autoria e causa entre o desfolhamento das espécies nas propriedades rurais do investigado e o emprego de substâncias químicas hábeis a ocasionar o dano ambiental registrado. As amostras coletadas na vegetação e nos sedimentos detectaram a presença de quatro herbicidas: imazamox; picloram; 2,4-D e fluroxipir.
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Everaldo Jose de Barros - 13/04/2025
Esse cidadão está com dezenas de processos e nada acontece, porque será? A justiça do mato grosso é duvidosa, não deveria.
Paulo - 12/04/2025
Cadeia pra ele isso, destruidor natureza
2 comentários