FRAUDE EM LICITAÇÃO 26.12.2025 | 11h29

allan@gazetadigital.com.br
Alvo de operação por suposto envolvimento em um esquema milionário de fraudes em licitações, o vereador de Pontal do Araguaia (521 km de Cuiabá), Rauflis de Oliveira Mello, afirmou “não conhecer” a investigação movida contra ele e disse que só irá se manifestar após ter acesso ao processo. O parlamentar foi afastado do cargo juntamente com o servidor público Alessandro dos Santos Oliveira, que atualmente é secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade.
“Fomos notificados agora, preciso ver como está o processo para depois me manifestar”, disse Rauflis ao
.
A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta sexta-feira (26), ordens judiciais de afastamento cautelar das funções públicas contra um vereador e um servidor municipal investigados por participação em um esquema milionário de fraudes em licitações. A ação integra a Operação Cenário Montado, que apura o desvio de recursos públicos nos municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, na região do Araguaia.
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Conforme noticiado pelo
, as medidas foram determinadas pela 2ª Vara Criminal de Barra do Garças, com base em investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia do município. Segundo a apuração, o vereador — que já ocupou cargos de secretário em duas pastas em Pontal do Araguaia e o servidor ligado ao setor de licitações teriam exercido papel decisivo na execução das fraudes.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso atuava de forma organizada para manipular orçamentos, superfaturar contratos e simular concorrência entre empresas em processos licitatórios. As condutas investigadas podem configurar crimes como falsidade ideológica, associação criminosa, lavagem de dinheiro e violação da Lei de Licitações.
As investigações apontam ainda que, mesmo após o início das primeiras fases da operação, os investigados teriam continuado a praticar irregularidades por meio da criação de novas empresas de fachada, registradas em nome de familiares, com o objetivo de burlar decisões judiciais anteriores que haviam suspendido suas atividades.
Diante das novas evidências, a Justiça determinou o afastamento dos investigados de suas funções públicas, além de proibir o acesso a prédios municipais, sistemas de gestão e processos administrativos. Também foi imposta a restrição de contato com pessoas ligadas à investigação.
A operação desta sexta-feira foi presidida pelo delegado Adriano Marcos Alencar, com apoio dos delegados Pablo Borges Rigo e Raphael Diniz, sob coordenação do delegado regional de Barra do Garças, Wilyney Santana Borges. A ação é um desdobramento das Operações Cenário Montado I e II, deflagradas nos meses de março e maio deste ano.
O nome “Cenário Montado” faz referência à suposta simulação de concorrência entre empresas de fachada em licitações públicas, criando um cenário artificial de legalidade para viabilizar os processos fraudulentos e induzir a administração pública ao erro.
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