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faltou diálogo 02.12.2025 | 14h46

'Câmara foi 'excluída' de debate sobre Contorno Leste', critica Paula Calil

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Allan Mesquita

Allan Mesquita

Vereadores da Câmara de Cuiabá criticaram o anúncio feito pelo prefeito Abilio Brunini (PL) sobre um possível acordo para regularizar a área ocupada por famílias no Contorno Leste. A medida foi divulgada no último sábado (29), após reunião do prefeito com representantes da família de João Pinto. Parlamentares afirmam que foram “excluídos” das tratativas e que não participaram das discussões que antecederam o anúncio.

 

A presidente da Câmara, vereadora Paula Calil (PL), afirmou que o Legislativo acompanha a situação desde o início da legislatura e que sempre ouviu as famílias envolvidas. “Desde o início da legislatura nós temos ouvido as famílias do Contorno Leste, realizamos audiência pública. Porém, nós não fomos convidados para realizar essa reunião [com o prefeito] e nós precisamos ouvir o processo todo. Precisamos ouvir o lado da família e do senhor João Pinto. Não podemos ser excluídos como fomos”, declarou.

 

Conforme noticiou o , Abilio anunciou que pretende realizar a regularização fundiária do Contorno Leste, área ocupada por 1.170 famílias e alvo de ação de desapropriação. A decisão, segundo o prefeito, foi tomada após diálogos com moradores, autoridades do Judiciário e representantes do Ministério Público de Mato Grosso. No entanto, nesta terça-feira (2), a família de João Pinto, morto no local, esteve na Câmara e negou interesse em vender sua parte do terreno.

 

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Apesar de terem sido convidados para a reunião, vereadores afirmam que não foram ouvidos antes da decisão. A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou a falta de debate. “Eu penso que esses anúncios repentinos, numa sexta, num domingo, sem debate, ocasionam muita dor. As pessoas celebram e no outro dia estamos aqui debatendo, porque a solução não foi feita ou não contempla. Antes de anunciar, essa Casa precisa ser ouvida, o senhor [filho de João Pinto] precisa ser ouvido. Estamos todos os 27 vereadores preocupados em resolver o problema", disse.

 

A vereadora Maria Avalone (PSDB) reforçou a cobrança por diálogo. “Nós vereadores precisamos de mais respeito do prefeito para que ele possa discutir as coisas juntos com a gente, que nos dê informação correta e nos chamem para participar. Muitos vereadores aqui não estavam sabendo a verdade", pontuou. 

 

Katiuscia Mantelli (PSB) defendeu que a Câmara tenha um representante fixo nas negociações. “Se houver novas discussões, é imprescindível a participação de um vereador que seja o porta-voz da Câmara para que nós não tenhamos informações e erroneamente mandemos isso para frente", disse. 

 

Em meio às críticas, a primeira-dama e vereadora Samantha Iris (PL) buscou colocar "panos-quentes" na discussão e afirmou que não houve, por parte da gestão, comunicação de que um acordo já estivesse fechado. “A gestão do prefeito Abilio Brunini em nenhum momento falou para os vereadores que havia feito um acordo com a família. Ele disse que se reuniu com a família e a Justiça e tomou a decisão. Ele está à disposição para falar com qualquer vereador que queira tirar dúvida. Ele nem falou na reunião, no qual também convidou os vereadores, que havia feito um acordo. Uma nova reunião sobre o assunto deve ser marcada em breve".

 

Após a fala de Samantha, Maysa Leão reiterou a necessidade de participação do Legislativo. “Esse não foi o entendimento de todos, como explanado por diversos vereadores aqui, mas que bom que vamos poder participar da solução. Tenho certeza que, com a participação de todos, e não sendo surpreendidos pela imprensa, chegaremos a uma solução mais consistente.”

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