Conversa mostra 'tensão' entre secretário e major para gravar desembargador

Um diálogo entre o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas e o major Michel Ferronato, mostra a tensão dos militares na expectativa de que o plano de tentar gravar o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, fosse concretizado.  

O plano foi descoberto após confissão do tenente-coronel José Henrique Costa Soares, que era escrivão do Inquérito Policial Militar (IPM) sobre esquemas de escutas clandestinas e que teria sido cooptado pelo grupo. Os fatos vieram à tona durante a Operação Esdras, em setembro de 2017, quando foram presos Paulo Taques, Airton Siqueira Júnior, Rogers Elizandro Jarbas, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, João Ricardo Soler, Michel Ferronato, Helen Christy Carvalho Dias Lesco e José Marilson Da Silva.  

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Nas conversas recuperadas pela força-tarefa da grampolândia pantaneira, Ferronato informa Jarbas que fez "uma pesquisa agora e descobri que já tem app para gravar".  Logo em seguida, Ferronato e Jarbas demonstram ansiedade na espera de algo. “ Vou aguardar até mais tarde. Coração na boca kkkk”, diz Rogers.  Ferronato responde: “Todos nós.  

Já no dia 16 de setembro de 2017, Rogers faz contato via áudio, que foi apagado e não recuperado pela perícia. “Puts.To aqui torcendo muito e esperando o contato”, responde o major.  

Para a força-tarefa, o contato se refere ao coronel Soares. "Chegamos a essa conclusão tendo em vista que na pagina nº 191 do inquérito policial nº 87132/2017, se encontra print da conversa do Major Ferronato e o Coronel Soares onde o Major Ferronato envia mensagem tentando um encontro entre ambos, mas não obteve resposta naquela data".  

"Diante do diálogo entre o interlocutor e o investigado, tudo indica que estavam planejando gravar algo, logo que o interlocutor afirma que fez uma pesquisa e descobriu que havia app (aplicativo) para gravar, no dia 16/09/2017 as 13:33hs ambos estão aparentemente ansiosos, a espera de um contato, isso é demonstrado quando o investigado pergunta “NOVIDADES?”, com a resposta negativa do interlocutor", completa o relatório sobre este diálogo.

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