NA CPI 01.09.2021 | 12h04
allan@gazetadigital.com.br
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Fiscal do contrato firmado entre a Rodando Legal e a prefeitura de Cuiabá, o servidor Lucimar Martins Sobrinho, revelou ter pedido para deixar a função por falta de autonomia dentro da Secretaria Mobilidade Urbana (Semob). A empresa foi contratada para administrar o pátio onde ficam os veículos apreendidos na capital e entrou no alvo da CPI dos Contratos que tramita Câmara Municipal de Cuiabá.
Durante depoimento à comissão nesta terça-feira (31), Lucimar disse que enviou uma carta colocando a função à disposição do diretor de trânsito Semob, Michel Diniz de Paula, no dia 2 de setembro. "Eu não estava conseguindo efetuar a fiscalização do jeito que eu queria fazer, cobrando o contrato como ele deveria ser. Toda vez que eu iria cobrar, meu supervisor dizia que iria resolver a situação", afirmou.
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Antes de ser destituído da função, Lucimar afirmou que não recebeu nenhum respaldo do diretor da pasta, que também prestou depoimento à CPI minutos antes. "A partir do momento que eu não estava tendo esse respaldo, eu pedi a desvinculação do contrato", complementou.
O contrato firmado entre a Rodando Legal e a o município de Cuiabá foi assinado no dia 20 de setembro de 2018. A empresa é acusada por cobrar taxas abusivas e também por leiloar veículos apreendidos que foram receptados durante as ações realizadas pela Semob.
Durante a oitiva, o presidente da CPI, Chico 2000 (PL), criticou os valores praticados pela gestora, que pode chegar a R$ 1,2 mil por dia enquanto o veículo fica apreendido no pátio do empreendimento. "Essa minha opinião coincidi com a maioria das pessoas de que esses preços praticados estão fora da realidade, fazendo que seja cada vez maior a dificuldade daqueles que estão em dificuldades. Não deve ser objetivo do município promover leilões do que é dos outros, mas sim dar condições para que os veículos circulem devidamente regularizados", avaliou.
Ao , o relator da comissão, Demilson Nogueira (PP), disse que ainda existem outras irregularidades para serem apuradas. Ele também afirmou que parte dos documentos que servirão como base para os trabalhos de investigação já estão os parlamentares.
"Nós temos notícias de outros [casos]. A parte de documento está bastante adiantada, muito embora a Rodando Legal tenha apresentado tudo de forma segmentada e em alguns arquivos não abrem. Vamos continuar requisitando", garantiu.
CPI
A CPI tem como objeto a investigação de todos os contratos, emergências ou não, celebrados pela Prefeitura Municipal de Cuiabá e seus entes, a partir do ano 2013, incluindo-se autarquias e PPPs (Parcerias Público Privadas). Integram a comissão os vereadores Chico 2000 (PL), como presidente, Demilson Nogueira (PP), como relator e Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), como membro titular.
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