Mendes defende PL da pesca e diz que 'evoluções' espantam ribeirinhos

Allan Mesquita

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Pablo Rodrigo e Allan Mesquita

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Christiano Antonucci

Governador Mauro Mendes (União) “comparou” os pescadores aos motoristas de aplicativos ao defender o projeto de Lei de autoria do governo do Estado que pretende proibir o transporte do pescado por 5 anos em Mato Grosso. Na manhã desta terça-feira (6), o chefe do Executivo exemplificou que muitas propostas e revoluções geram espanto, assim como o transporte de passageiro por aplicativo também causou certo desconforto nos taxistas.

“Quem não se lembra da confusão dos Uber versus táxi? Que no começo falavam, vamos perder o emprego de um monte de gente. Foram brigas, protestos, o governo resistiu, o tempo passou. Hoje os taxistas continuam trabalhando normalmente e milhares de outras pessoas arrumaram emprego no Uber”, disse.

O projeto em questão foi denominado ‘Transporte Zero’ e deve valer a partir do dia 1º de janeiro de 2024. O texto proíbe o transporte, armazenamento e comercialização do pescado pelos próximos 5 anos. Nesse período, será permitida a modalidade pesque e solte, assim como a pesca de subsistência.

No caso dos pescadores artesanais, o projeto do governo estabelece o pagamento de auxílio financeiro por 3 anos. Sendo um salário mínimo (R$ 1.320) no primeiro ano, R$ 660 no 2º ano e R$ 330 no terceiro ano. Já os últimos dois não, os pescadores não terão nenhum auxílio do governo.

A comunidade ribeirinha e parlamentares contestam a proposta, sob o argumento de que não houve estudos científicos e criticam o valor baixo do auxílio que o governo oferece aos pescadores.

Mendes por sua vez, classificou a proposta como “necessário” busca preservar e evitar a escassez de peixes em Mato Grosso.
“Então, nós temos muitos exemplos de evoluções que causam algum tipo de transtorno, mas elas são necessárias. É isso que nós vamos saber. O que é melhor para o Estado para tudo isso? Pescar até acabar com os peixes? E aí quem vai dar seguro de desemprego quando acabar com os peixes? Quem? Não vai ter mais. Um dois três anos vai acabar os peixes, como já não tem”, acrescentou.

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Comentários

Zé - 07/06/2023

Está muito mal contada essa história do governo querer aprovar isso as pressas, isso me cheia inconstitucionalidade!! Malandragem

Benedito da costa - 06/06/2023

Neste quesito concordo com MM, pescador quer sombra e água fresca. Pescam predatoriamente, lucram, não retribui em nada com os rios que lhes dão tanta fartura. Viciaram na pescaria. Tem que mudar de profissão de hábito.

mari - 06/06/2023

Engraçado, ninguém lembra e nem fala das mortalidades de peixes que ocorrem no Manso e na construção da usina em Sinop. a 2 anos mais ou menos, forma toneladas de peixes de todas as espécie mortos, o que aconteceu a principio o que essas empresas fizeram para ressarcir esses peixes mortos. nada agora vem com essa de que não tem peixe, não é mais facil fazer uma fiscalização investir em repovoar os rios com peixes.