Pastor diz que PCHs são do filho do governador Mauro Mendes

O candidato ao governo do Estado, Pastor Marcos Ritela (PTB), revelou que as empresas responsáveis pelos projetos de construção de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio Cuiabá pertencem ao filho do governador Mauro Mendes (União), Luis Antônio Taveira Mendes.

A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (24), durante sabatina do candidato no programa Tribuna, da Rádio Vila Real. Ritela afirma que a proposta “acabará” com o Rio Cuiabá.

“Essa questão da PCHs é muito complicada. Inclusive, as sete PCHs que existem no Rio Cuiabá quem são os sócios e os donos? É o filho do governador. Isso é uma vergonha. Estão acabando com o Rio Cuiabá. O filho do governador que é o dono das PCHs”, afirmou o líder religioso durante o programa.

Na sessão desta quarta-feira (24), a Assembleia Legislativa (ALMT) deverá derrubar o veto do Executivo que proíbe a construção das PCHs. Conforme o autor da proposta, deputado Wilson Santos (PSD), a tendência é que 16 parlamentares votem a favor do veto. O gestor vetou o projeto alegando inconstitucionalidade.

Ritela ainda afirmou que o filho do governador é o “Lulinha” de Mato Grosso, fazendo referência ao filho do ex-presidente Lula (PT), Fábio Luís Lula da Silva. O pastor ainda prometeu trazer o questionamento a Mendes nos debates políticos.

“É o Lulinha de Mato Grosso. Milionário. Já ouvi falar até que é bilionário. É uma vergonha. Eu quero conversar com o governador. Quero ir em um debate cara a cara com o governador que ele vai ter que esclarecer isso para a sociedade. Ele está acabando com o Rio Cuiabá e o filho dele é o sócio dessas PCHs”, confirmou.

Na edição desta quarta-feira, o Jornal A Gazeta apontou que o governador atuou nos seus dois primeiros anos de governo para derrubar uma resolução da Agência Nacional das Águas (ANA) que suspendia a construção de hidrelétricas na bacia do Alto Paraguai, região que compreende rios que irrigam o Pantanal.

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Porém, conforme alguns especialistas, o motivo seria porque a manutenção da lei poderá gerar jurisprudência proibitiva de PCHs na região do pantanal, o que pode prejudicar vários empreendimentos, incluindo o da família de Mauro, que tem autorização para construir a PCH Santo Antônio, localizada nas cabeceiras do córrego Aguaçu, em Santo Antônio de Leverger.

“Estou fazendo um levantamento. Levantamento minucioso, vou trazer detalhes, dados e documentos. Eu estou fazendo levantamento e vou provar”, prometeu Ritela.

Outro lado

Reportagem buscou a assessoria do governador, que afirmou 'estar checando a informação'. O espaço segue aberto.