mudança na legislação 10.04.2024 | 09h30
redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Mauro Mendes voltou a defender a estadualização de leis criminais, como opção para o combate à criminalidade em cada unidade da federação. O governador pontuou que é o Estado quem custeia a maior parte da segurança pública em seu território e questionou: “por que não podemos fazer as nossas regras se nós pagamos as contas?”.
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A senadora Margareth Buzetti apresentou, em Brasília, um pacote de leis contra a impunidade. Além de acabar com o regime semiaberto e propor cumprimentos de pena mais rigorosos, o pacote também pretende delegar aos Estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre questões em matéria penal e processual penal que digam respeito à fixação e ao cumprimento da pena. O governador elogiou a iniciativa da senadora.
“Esse pacote da senadora Margareth [...] é uma das leis mais brilhantes e disruptivas que tramitam hoje no Congresso Nacional. Tive a oportunidade de discutir isso com ela no início, discuti isso com o Ministério Público e discuti isso com algumas pessoas que entendem muito. Se o Congresso Nacional tem hoje dificuldade em fazer as grandes mudanças, então que permita que os Estados façam”, defendeu Mauro.
Mendes argumentou que já existem algumas áreas da administração pública, como a legislação ambiental, em que os estados podem atuar de forma concorrente com a União. Com base nisso, a sugestão é que os estados também possam legislar nas matérias criminais e tenham seus modelos próprios.
“Tenho certeza que alguns estados serão mais duros, uns serão mais flexíveis e aí em 5 anos nós vamos ter condições de saber o que realmente funciona pra combater o avanço do crime organizado. Isso nós estamos propondo já existe em muitos países ao redor do planeta, um grande modelo conhecido de todos nós é a legislação americana, que lá os estados têm, respeitado alguns parâmetros constitucionais, prerrogativas também, porque quem cuida da segurança pública é o Estado”.
O chefe do Executivo estadual já foi a Brasília defender este modelo, inclusive em reunião com o presidente do Senado, e afirmou que é necessário alguém proativo para fazer alguma mudança. Ele argumentou que, já que os estados custeiam a maior parte, que também possam legislar sobre segurança pública.
“Investimento da União aqui em segurança pública é muito pequeno. Os presídios que tem em Mato Grosso são todos do estado, pago com o dinheiro estadual do contribuinte estadual. Então por que não podemos fazer as nossas regras se nós pagamos as contas? Nosso dinheiro, nossas regras. [...] Nós conhecemos alguns grandes exemplos no país de discursos que são feitos, mas que atitudes não são tomadas. E o brasileiro está de saco cheio de escutar conversa fiada”.
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Ildo - 10/04/2024
Cada ideia, já pensou todos os Estados da União cada um tendo sua própria lei para área criminal, se do jeito que funciona já tem um monte de conflitos, imagina deixar na mão de deputados e assembleias para regulamentação, em que mundo você vive governador
1 comentários