ALA PRÓ-LULA MAIS COMPETITIVA 09.07.2022 | 16h28
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Otmar de Oliveira
O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou que parte da federação composta pelo PT, PV e PCdoB tem interesse na aproximação do pré-candidato ao Senado Neri Geller (PP), sobretudo, pela possibilidade de ter o ex-governador Blairo Maggi como aliado.
Em entrevista na manhã de quinta-feira (7), o vice-prefeito afirmou que muitos nomes dentro da federação querem a ampliação do grupo político para fazer frente nas eleições de outubro. E, neste sentido, a aproximação de Neri poderia trazer o apoio de Maggi ao grupo.
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"Tudo será discutido dento da federação, mas o deputado Barranco, a deputada Rosa Neide, nós do PV, PCdoB, nós temos muito claro que quanto mais ampliarmos o arco de aliança mais possibilidade temos de ganhar a eleição", disse o vice-prefeito.
"Então, obviamente essas conversas com o Neri, que faz parte de um grupo político muito importante do ex-governador Blairo Maggi, e são interessantes porque ampliariam de forma consistente nosso arco", acrescentou.
Nome ao Senado
A aproximação de Neri junto à federação altera o desenho que estava sendo feito em torno dos nomes do grupo político ao Senado. Isso porque, conforme detalhou Stopa, o nome da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), e da ex-reitora da UFMT, Maria Lúcia (PT), tinham ampla aprovação para disputa ao Senado e governo, respectivamente.
Ainda que a decisão não tivesse sido tomada, os nomes tinham aceitação dentro da federação. Contudo, com a possibilidade de aumento do arco político, abre-se a discussão para que Neri possa ser o representante na disputa ao Senado.
"Defendo candidatura da Márcia como senadora, mas queremos ampliar. Apareceu a oportunidade de ampliar o arco de alianças. E com o deputado federal Neri iniciando essas conversações conosco, com o MDB tendo a possibilidade de uma candidatura ao governo, com essas forças políticas querendo repensar nós estabelecemos um prazo até a próxima semana", acrescentou.
Agronegócio
Questionado sobre a possibilidade de aproximação da federação com o agronegócio - que nacionalmente faz base política para o presidente Jair Bolsonaro (PL) -, Neri afirmou que o grupo entende a importância do setor e inclusive o defende, desde que a atuação da área seja sustentável.
"Nós defendemos o agronegócio, mas diante de um princípio de sustentabilidade. A federação não é contra o agronegócio. Sabemos a importância do agronegócio para economia de Mato Grosso e do país para alimentar o mundo", disparou.
Contudo, conforme noticiado pela reportagem, a aproximação com o agronegócio não é ponto passivo dentro do grupo. O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), por exemplo, cita incoerência ideológica o diálogo com a ala do agronegócio, principalmente por conta da majoritária vertente bolsonarista.
"Na minha opinião isso é uma contradição, tanto para eles, que estão ligados ao bolsonarismo umbilicalmente, quanto pra gente. Isso não faz sentido porque o eleitorado deles é um eleitorado bolsonarista. Já o eleitorado nosso precisa de candidaturas que se identifiquem com as necessidades da população trabalhadora", disse o deputado em evento na quarta-feira (6).
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